domingo, 24 de março de 2013

Transtorno do Espectro Autista


Mais recentemente, o Autismo, tem sido usado o termo “Transtorno do Espectro Autista” (TEA), reconhecendo que a pessoa pode ter diferentes graus de comprometimento, que pode ser possível que “movimentem-se” ao longo do espectro, ou seja, que suas habilidades e comportamentos fiquem mais próximos do esperado para sua idade cronológica. Algumas crianças até “saem” do espectro autista. Para isso é preciso uma dedicação e desafios específicos como a comunicação, habilidades sociais, habilidades para brincar, processamento visual e auditivo, auto-estimulação, reforçadores incomuns, dificuldade em aprender pela observação do outro e aprendizado mais lento.
Para entender melhor o termo espectro autista, seriam importante termos melhores definições das categorias dos Transtornos Invasivos do Desenvolvimento. O conceito de espectro autista (EA) nos ajuda a compreender que quando falamos do Autismo e os outros transtornos, empregamos termos comuns para pessoas muito diferentes. O rótulo “autismo” parece remeter a um conjunto bastante heterogêneo de individualidades, cujos níveis evolutivos, necessidades educativas e terapêuticas e perspectivas vitais são bastante diferentes.
As alterações que as pessoas com espectro autismo apresentam, dependem de fatores como a associação ou não do Autismo (com atraso mental mais ou menos grave), a gravidade do transtorno que apresentam, a idade (momento evolutivo) da pessoa autista, o sexo (o transtorno autista afeta com maior freqüência pessoas do sexo masculino, porém com maior gravidade de alterações nas mulheres do que nos homens), a adequação e a eficiência dos tratamentos utilizados e das experiências de aprendizagem, e o compromisso e o apoio da família.
Wing e Gould (1979) através de suas pesquisas chegaram a um resultado com enormes conseqüências práticas: os traços do espectro autista não se produzem apenas em pessoas com TID, mas em outras cujo desenvolvimento é afetado por diferentes causas como atrasos de origem metabólica ou genética, epilepsias da primeira infância que são acompanhadas de atraso mental (como a Síndrome de West), alterações associadas a quadros de incapacidade sensorial, etc.
Em 1988, Lorna Wing diferenciou quatro principais dimensões de variação do espectro autista: transtornos nas capacidades de reconhecimento social, nas capacidades de comunicação social, nos padrões repetitivos de atividades, que referem-se também a outras funções psicológicas, como a linguagem, a resposta a estímulos sensoriais, a coordenação motora e as capacidades cognitivas.
No conceito de espectro autista, desenvolveu-se um conjunto de doze dimensões que se alternam sistematicamente nos quadros de Autismo e em todos aqueles que envolvem espectro autista. Para cada dimensão estabeleceram-se quatro níveis: o primeiro é o que caracteriza as pessoas com um transtorno significativo, um quadro mais grave, níveis cognitivos mais baixos, frequentemente crianças menores e pessoas que não receberam um tratamento adequado.  O quarto nível é caracterizado por aqueles com transtornos menos grave e define de modo muito característico pessoas que apresentam a Síndrome de Asperger. As doze dimensões que diferenciamos são:
1.Transtornos qualitativos da relação social
2.Transtornos qualitativos das capacidades de referência conjunta (ação, atenção e preocupação conjuntas)
3. Transtornos qualitativos das capacidades intersubjetivas e mentalistas
4.Transtornos qualitativos das funções comunicativas
5.Transtornos qualitativos da linguagem expressiva
6.Transtornos qualitativos da linguagem compreensiva/receptiva
7.Transtornos qualitativos das competências de antecipação
8.Transtornos qualitativos da flexibilidade mental e da flexibilidade comportamenta
9.Transtorno qualitativo do sentido da atividade própria
10.Transtornos qualitativos da imaginação e das capacidades de ficção
11.Transtornos qualitativos das capacidades de imitação
12.Transtornos da suspensão (da capacidade de criar significantes)


A teoria da “coerência central franca” refere aos indivíduos que estão no espectro autista e tendem mais a processar detalhes à custas das informações totais, o quadro mais amplo, enquanto as pessoas que não estão no espectro integram as informações conforme o contexto e a idéia central, que muitas vezes passam por cima dos detalhes menores.


Postado por: Michele às 22h35
(0) Comente ] [ envie esta mensagem ]





O que é Autismo...e o que não é, por Marie Dorión Schenk

Marie Dorión Schenk, mãe de dois meninos com Autismo, descreve em seu bloghttp://umavozparaoautismo.blogspot.com, que as pessoas com Autismo não são diferentes de nós, só são seres humanos que vivem a vida em um estado perpétuo de confusão. O termo Autismo é de difícil definição porque a síndrome é complexa e não há duas pessoas com o diagnóstico de Autismo que experienciem a síndrome da mesma maneira.
Com isso, as pessoas com Autismo representam um grupo heterogêneo, assim como a humanidade pode ser. Suas características ou demonstrações podem variar num extremo que confunde e, algumas vezes é até contrário. As pessoas com Autismo podem ou não sofrer de outras síndromes e problemas paralelos ou coligados ao Autismo. Dentro de uma mesma família podemos encontrar dois autistas, um que não é capaz de vocalizar e o irmão que fala compulsivamente e com um vocabulário sofisticado. Algumas pessoas com Autismo gostam de toque e se aconchegam num abraço, enquanto outras podem perceber o toque como algo doloroso. Podemos encontrar autistas com resultados de testes de QI a níveis de genialidade ou com níveis de profundo retardo mental, e a grande maioria entre os dois. Em alguns casos os autistas buscam desesperadamente por interações sociais, mesmo que de maneira desajeitada, e outros precisam de tempo e espaço sozinhos.
Também há autistas que se tornam famosos por sua habilidade de acertar com facilidade cestas de basquete na marca de 3 pontos e outros que não conseguem segurar ou arremessar uma bola. Alguns são tão desorganizados que seus comportamentos parecem não ter nenhum propósito, enquanto outros são tão rígidos às suas rotinas e rituais que torna o convívio altamente estressante. Alguns podem passar horas em comportamentos auto-estimulatórios, enquanto outros podem não apresentar esta característica como perceptível.
No livro “You’re going to love this kid!” (p. 2 e 3) autora Paula Kluth foi buscar com os que ela chama de especialistas, pessoas com Autismo, algumas definições para a síndrome: "Autismo não é algo que a pessoa tem, ou uma “concha” que a pessoa está presa dentro. Não há uma criança normal escondida atrás do Autismo. Autismo é uma maneira de ser. É penetrante: dá o tom de cada experiência, cada sensação, percepção, pensamento, emoção e encontro, em todos os aspectos da existência. Não é possível separar o Autismo da pessoa – e se fosse possível, a pessoa que restaria não seria a mesma pessoa do início." (Sinclair, 1993,p.1). "Nós vivemos em um País onde imagem é um tipo de realidade mais real que a realidade. Minha principal resposta para isso é: Eu não preciso de uma cirurgia para me fazer real mais do que uma linda mulher “realmente” precisa de seus cílios arredondados. O fato que eu acho que sim (que preciso de uma cirurgia para me fazer real) e ela também (achar que precisa de cílios arredondados para ser linda) é mais fantasioso do que real. A ânsia para ser como os outros não fez de Pinóquio real – o transformou num jumento! E a ânsia dos pais para curar o Autismo, ou atraso ou compulsividade não irá levá-los muito longe na solução do problema atual. Porque a pessoa que acredita “Eu serei real quando for normal” , sempre será quase uma pessoa, mas jamais chegará lá." (Marcus, 1998,p.2)
Isto não quer dizer que todas as pessoas com Autismo tem suas experiências positivas em relação à síndrome, na verdade muitas pessoas com Autismo descrevem que a síndrome lhes traz muitas dificuldades e pode ser muito doloroso em vários momentos, mas o alerta é que se deve respeitar sempre o ser humano acima de qualquer rótulo. As pessoas com Autismo podem sofrer ou não de outros distúrbios de ordem médica, neurológica ou psicológica e estes distúrbios devem ser tratados paralelamente ao Autismo e não como o Autismo em si. Para isso, é necessário um time multidisciplinar com a mente aberta a possibilidades fora de sua área de competência.
A Síndrome de Asperger é o rótulo dado a pessoas que tem características do espectro autista que tipicamente tem diferenças que marcam uma “desordem” e não um atraso na comunicação, dificuldades com mudanças de rotina e transições de atividades ou lugares, resistência ao inesperado e tem interesses em áreas específicas de maneira intensa. Estas pessoas, muitas vezes apresentam uma memória excelente (visual, datas, fatos). Pessoas com Síndrome de Asperger podem passar a vida sem diagnóstico e serem vistos como esquisitos ou excêntricos. Alguns testes podem ser aplicados para uma predefinição do diagnóstico, de qualquer forma o uso dos resultados dos testes deve ser cauteloso por que a pessoa testada pode não responder às questões, mas isso não quer dizer que não tenha a inteligência e o conhecimento da resposta, além disso, os testes são geralmente administrados por profissionais que não conhecem a criança e com isso não conhecem o tipo de habilidade que ele/ela usará para comunicar-se e muito menos as suas necessidades para sentir-se confortável com o próprio corpo e assim demonstrar sua inteligência.
Muito se especula sobre aonde a criança está no espectro autista, no livro de Beth Fouse, Ph.D e Maria Wheeler, M. Ed., “A Treasure Chest of Behavioral Strategies for Individuals with Autism”, (p. 4) encontra-se um quadro sobre os comportamentos que podem ser observados e assim divide os comportamentos apresentados no espectro autista em três categorias, mais severo, moderado e menos severo: Mais severo: birras intensas de temperamento; não-verbal; gritos estridentes; retirado, solitário; disfunção sensorial severa; comportamentos agressivos. Moderado: ignora comandos; ecolalia; ruídos estranhos; observa outras pessoas; disfunção sensorial moderada; escapa. Menos severo: problemas de linguagem; verbal; risadinhas, remexer-se e tensão muscular; interage com outras pessoas; disfunção sensorial leve; ataques de pânico.Estes comportamentos marcam a severidade com que o Autismo impacta a vida da pessoa, a criança pode ter comportamentos nas três colunas, de qualquer forma a severidade será avaliada na coluna que ela apresenta mais comportamentos somente para análise comportamental, isso também não é um fator determinante num prognóstico.
É importante ressaltar que o diagnóstico de Autismo, Asperger ou Transtorno Invasivo do Desenvolvimento não predita as dificuldades que a pessoa enfrentará na vida e tampouco define um prognóstico e nem mesmo fornece aos familiares ou profissionais muita informação sobre o potencial individual da pessoa com o diagnóstico. Paula Kluth, ainda no livro “You’re going to Love This kid!”, alerta que as definições sobre Autismo parecem somente descrever a opinião de alguém “de fora” e pior que isso, essas definições só focam nos déficits. Quando lemos a maioria das definições sobre Autismo só somos informados do que a pessoa não pode fazer, ou do que ela não é capaz, há raras menções sobre suas habilidades e pontos fortes. Esse tipo de definição pode causar problemas, Leary e Hill (1996) apontam que a linguagem usada nas definições são cheias de pressupostos que podem estar incorretos e ainda serem prejudiciais. Os comportamentos são muitas vezes descritos como “preferem”, “falha em” ou “interesse incomum” sem especificar nenhum sintoma que possa ser a causa destes comportamentos. Outra questão levantada por Leary e Hill é que como o observador pode saber se a criança “prefere” brincar sozinha ou se na verdade ela prefere brincar com sua irmã, mas está brincando sozinha porque o cheiro da colônia que a irmã está usando incomoda o seu sistema sensorial. Ou talvez, a criança autista brinca sozinha porque ela não sabe como entrar na brincadeira das outras crianças.
Dawn Prince-Huges em seu livro auto-biográfico “Songs of the Gorilla Nation” confirma que as características descritas pelo DSM-IV são descrições de mecanismos de defesa, não de orientação inata. As pessoas com Asperger parecem não querer se relacionar, mas não é sempre um problema de falta de desejo, mas de conforto. Por exemplo, eles precisam sentir-se bem com seus corpos e confortáveis com as pessoas que eles tenham interesse em conhecer. Ela relembra que no passado não conseguia se relacionar com as pessoas porque se sentia desconfortável com o próprio corpo. Ainda no livro “A Treasure Chest of Behavioral Strategies for Individuals with Autism”, Beth Fouse e Maria Wheeler é alertado que muitas vezes temos que fazer o papel de detetives para poder decifrar o que os comportamentos representam. Porém é importante lembrar que nós não sentimos ou percebemos o mundo da mesma maneira que as pessoas com Autismo ou diagnósticos relacionados, é preciso ter a mente aberta e ater-se aos fatos, sendo um bom observador do ambiente.
A opinião de Steven Gutstein, criador do RDI é que o Autismo não pode ser diagnosticado pela presença de algum comportamento. O que mais marca na característica autista não são os comportamentos apresentados, mas sim a omissão, o que a criança não faz ou desconhece. O diagnóstico de Autismo é mais preciso se baseado na dificuldade ou falha da pessoa em função do domínio específico sócio-comunicativo e afetivo. No ponto de vista do “The Institute for the Study of the Neurologically Typical” (Instituto para o estudo dos neuro típicos) – http://isnt.autistics.org - Autismo é uma forma de síndrome criada pela sociedade inflexível dos neurotípicos, a descrição é bem- humorada o que quebra um outro tabu em relação as pessoas com Autismo: a falta de humor e tantas outras incapacidades relacionadas com a percepção do outro.
“O que é NT? Síndrome Neurotípica é um transtorno neurobiológico caracterizado pela preocupação com as questões sociais, delírios de superioridade e obsessão com a conformidade. Indivíduos neurotípicos frequentemente assumem que sua experiência do mundo seja a única ou a única correta. NTs têm dificuldade em estar sozinhos. NTs são muitas vezes intolerantes com as diferenças aparentemente menores em outros. Quando os NTs estão em grupos sociais apresentam comportamentos rígidos e, freqüentemente, insistem sobre o desempenho de rituais disfuncionais, destrutivos e até mesmo impossíveis como uma forma de manter a identidade do grupo. NTs têm dificuldade para se comunicar diretamente, e têm uma incidência muito maior de mentir em relação às pessoas do espectro autista. NT acredita-se ser de origem genética. As autópsias mostraram que o cérebro do neurotípico é tipicamente menor do que um indivíduo autista e pode ter áreas extremamente desenvolvidas relacionadas ao comportamento social.” A realidade brasileira é ainda mais severa com as pessoas com distúrbios, as pessoas que pensam diferente porque processam as informações de forma diferente são retiradas da sociedade comum e encaminhadas para educação especial, e aí vale para tudo, da escola à aula de arte, tudo é separado. Como as pessoas com Autismo não tem como objeto maior da sua deficiência o intelecto elas sofrem uma segunda segregação e são encaminhados para a "ala dos autistas". A Síndorme neurotípica não existe, é somente uma sátira de um grupo de autistas que luta pela igualdade.
Não há dúvidas que muitas pessoas com Autismo e outros distúrbios relacionados precisam de tratamentos que os ajudem a ser o que são e não o que nós, como sociedade, impomos às pessoas. Mas, o que há de mais urgente é que a sociedade aprenda a respeitar as pessoas com comportamentos diferentes dos nossos padrões e a ver o diagnóstico de Autismo como um sinal de que devemos ser mais tolerantes, mais amáveis, menos apressados e carregar esta lição ao trato com os neurotípicos também. Pessoas com o diagnóstico de Síndrome de Rett, Williams, Frágil X e Laundau-Kleffner tem algumas características em comum com as pessoas com Autismo e por isso podem se beneficiar das mesmas estratégias estudadas para os autistas.
Todas as crianças, incluindo as com Autismo ou qualquer forma de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, nascem com uma forte inclinação em aprender com um membro mais experiente da sua cultura. Isto é da natureza humana. Porém esta capacidade foi oprimida em algum ponto do seu desenvolvimento, eu acredito que se nós cuidadosamente construirmos caminhos para eles, a maioria das crianças irão aprender a ser aprendizes e irão participar de uma relação guiada.” – Steven Gutstein, Ph.D. – The RDI Book


Postado por: Michele às 22h23
(0) Comente ] [ envie esta mensagem ]





Tratamento do Autismo

 Segundo o Dr. Rosenberg, “não existe a criança fora de sua família e não há família insensível a um problema como o Autismo”. O desconforto da criança autista transforma-se no centro de tudo muitas vezes com prejuízo para os irmãos. “É difícil trabalhar os pais, porque eles olham o profissional como dono da solução, esperam que modifique a criança. O profissional tem de utilizar os pais para modificar a criança. E a família precisa acabar com o estigma do diferente e tratar o autista como o filho e o irmão que ele é dentro de casa”.
Cura possível? A fonoaudióloga paulista Beatriz Padovan, que aplica o método da reorganização neurológica para tratamento de autistas, também não promete milagres: acredita que está no caminho certo, mas não pretende criar falsas expectativas para os pais. Autismo, para ela, é fruto de lesão ou de disfunção cerebral, com interferência nas percepções psicológicas. “Se o sistema nervoso funciona como um todo, seria incorreto afirmar que basta apertar um parafuso para chegar à cura. É necessário recapitular todo o desenvolvimento da criança, dando ênfase às partes mais prejudicadas. Pode-se obter algum progresso, mas prometer cura seria leviano.” Esse progresso pode ser apenas conseguir que a criança deixe de olhar o vazio para fixar os olhos na gente, como lembrava a psicóloga Heloísa Gurgel Botelho, uma das diretoras do Núcleo Integração, que funcionou até 1984 no bairro de Santo Amaro. Mas, no dia em que esse pequeno milagre acontece, os pais experimentam uma alegria sem tamanho. 
Segundo José Maria Mayrink, 2001, pais de crianças especiais “têm algo de santo em sua bondade e em sua paciência, em sua maneira de ver o mundo e de enfrentar a vida, mesmo quando são homens e mulheres também cheios de manias e meio esquisitos. Entendo então o seu silêncio e tenho imensa admiração pela sua fé, ainda que se confessem descrentes de Deus. Podem ser pessoas fechadas e aparentemente inacessíveis, mas são homens e mulheres de extrema compreensão. E conseguem ser fortes, em meio a tanta fragilidade, quando reagem ao primeiro impacto e decidem lutar pelos filhos.”
 “O amor dos pais é o segredo dos passos que, através de seu imprevisível e distante mundo as crianças autistas vão aprendendo a dar pela vida afora.” José Maria Mayrink, 2001 

É muito comum se dizer que pessoas autistas não se comunicam, o que de fato não é verdade. O que ocorre é um padrão de comunicação bastante diferenciado daquilo que conhecemos. Com isso, deixamos de perceber o grande esforço que fazem para conseguir se adaptar ao nosso modo de se comunicar, de falar e nossa forma de compreender o mundo.


Postado por: Michele às 21h43
(0) Comente ] [ envie esta mensagem ]

Nenhum comentário:

Postar um comentário