sábado, 2 de novembro de 2013

Hiperatividade


sábado, 12 de outubro de 2013

Autismo

Definição

Embora inúmeras pesquisas ainda venham sendo desenvolvidas para definirmos o que seja o autismo, desde a primeira descrição feita por Kanner em 1943 existe um consenso em torno do entendimento de que o que caracteriza o autismo são aspectos observáveis que indicam déficits na comunicação e na interação social, além de comportamentos repetitivos e áreas restritas de interesse. Essas características estão presentes antes dos 3 anos de idade, e atingem 0,6% da população, sendo quatro vezes mais comuns em meninos do que em meninas.
A noção de espectro do autismo foi descrita por Lorna Wing em 1988, e sugere que as características do autismo variam de acordo com o desenvolvimento cognitivo; assim, em um extremo temos os quadros de autismo associados à deficiência intelectual grave, sem o desenvolvimento da linguagem, com padrões repetitivos simples e bem marcados de comportamento e déficit importante na interação social, e no extremo oposto, quadros de autismo, chamados de Síndrome de Asperger, sem deficiência intelectual, sem atraso significativo na linguagem, com interação social peculiar e bizarra, e sem movimentos repetitivos tão evidentes.


Diagnóstico

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O diagnóstico do autismo é clínico, feito através de observação direta do comportamento e de uma entrevista com os pais ou responsáveis. Os sintomas costumam estar presentes antes dos 3 anos de idade, sendo possível fazer o diagnóstico por volta dos 18 meses de idade.
Ainda não há marcadores biológicos e exames específicos para autismo, mas alguns exames, tais como cariótipo (com pesquisa de X frágil, EEG, RNM e erros inatos do metabolismo), teste do pezinho, sorologias para sífilis, rubéola e toxoplasmose, audiometria e testes neuropsicológicos são necessários para investigar causas e outras doenças associadas.
O quadro clínico do autismo, segundo o DSM IV TR (APA, 2002) é:
Prejuízo da habilidade social: não compartilham interesses, não desenvolvem empatia e demonstram uma certa inadequação em abordar e responder aos interesses, emoções e sentimentos alheios;
Prejuízo no uso de comportamentos não-verbais como: contato visual direto, expressão facial, postura corporal e com objetos;
Dificuldades na interação social: fracasso em vincular-se a uma pessoa específica, não diferenciação de indivíduos importantes em sua vida, falta de comportamento de apego;
Alterações na linguagem: atraso na linguagem falada. Nos que desenvolvem a linguagem adequadamente, dificuldade em iniciar ou manter uma conversa, uso estereotipado e repetitivo de certas palavras ou frases e emprego da terceira pessoa (inversão pronominal) para falar de suas vontades. Os que aprendem a ler não apresentam compreensão do que lêem;
Alterações de comportamento: padrões restritos de interesse, manipulação sem criatividade dos objetos, ausência de atividade exploratória, preocupação com as partes de objetos, inabilidade para participar de jogos de imitação social espontâneos, adesão a rotinas rígidas, presença de maneirismos motores e crises de raiva ou pânico com mudanças de ambiente; mudanças súbitas de humor, com risos ou choros imotivados, hipo ou hiper-responsividade aos estímulos sensoriais e agressividade sem razão aparente. Comportamentos auto-agressivos, como bater a cabeça, morder-se, arranhar-se e arrancar os cabelos podem ocorrer.
Uma proposta de alteração dos critérios do DSM V está online e sugere que para se diagnosticar autismo, estejam presentes as seguintes características: 
Déficits na comunicação social e na interação social: déficit na comunicação não verbal e verbal utilizada para a interação social, falta de reciprocidade social, incapacidade de desenvolver e manter relacionamentos com seus pares apropriados ao seu nível de desenvolvimento.
Padrões restritos e repetitivos de comportamento: estereotipias ou comportamentos verbais estereotipados ou comportamento sensorial incomum, aderência a rotinas e padrões de comportamentos ritualizados, interesses restritos.
Os sintomas devem estar presentes na primeira infância, mas podem não se manifestar plenamente, até que as demandas sociais ultrapassem as capacidades limitadas.


Tratamento

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O tratamento do autismo envolve intervenções psicoeducacionais, orientação familiar, desenvolvimento da linguagem e/ou comunicação. O recomendado é que uma equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um programa de intervenção orientado a satisfazer as necessidades particulares a cada indivíduo. Dentre alguns profissionais que podem ser necessários, podemos citar:psiquiatras,psicólogos,fonoaudiólogos,terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e educadores físicos. Os métodos de intervenção mais conhecidos e mais utilizados para promover o desenvolvimento da pessoa com autismo e que possuem comprovação científica de eficácia são:
TEACCHR (Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handcapped Children): é um programa estruturado que combina diferentes materiais visuais para organizar o ambiente físico através de rotinas e sistemas de trabalho, de forma a tornar o ambiente mais compreensível, esse método visa à independência e o aprendizado.
PECSR (Picture Exchange Communication System) é um método de comunicação alternativa através de troca  de figuras, é uma ferramenta valiosa tanto na vida das pessoas com autismo que não desenvolvem a linguagem falada quanto na vida daquelas que apresentam dificuldades ou limitações na fala.
ABA (Applied Behavior Analysis) ou seja, analise comportamental aplicada que se embasa na aplicação dos princípios fundamentais da teoria do aprendizado baseado no condicionamento operante e reforçadores para incrementar comportamentos socialmente significativos, reduzir comportamentos indesejáveis  e desenvolver habilidades. Há várias técnicas e estratégias de ensino e tratamento comportamentais associados a analise do compormentamento aplicada que tem se mostrado útil no contexto da intervenção incluindo (a) tentativas discretas, (b) análise de tarefas, (d) ensino incidental, (e) análise funcional
Medicações: O uso medicamento deve ser prescrito pelo médico, e é indicado quando existe alguma comorbidade neurológica e/ou psiquiátrica e quando os sintomas interferem no cotidiano. Mas vale ressaltar que até o momento  não existe uma medicação específica para o tratamento de autismo. É importante o médico informar sobre o que se espera da medicação, qual o prazo esperado para que se perceba os efeitos, bem como os possíveis efeitos colaterais.
Letícia Calmon Drummond Amorim - Psiquiatra
Referências bibliográficas:
American Psychiatric Association (APA). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM IV TR. Tradução de Cláudia Dornelles. 4. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002..http://www.dsm5.org/ProposedRevision/Pages/proposedrevision.aspx?rid=94

sábado, 7 de setembro de 2013

COMO NASCE A INTELIGÊNCIA NAS CRIANÇAS?

NASCE DESDE A FECUNDAÇÃO NA VIDA UTERINA

COMO SE FABRICAR UM QI TURBINADO

Pesquisas revelam que fatores como amamentação, suplementação de vitamina D e até a obesidade dos pais terão impacto no nível do QI da criança do seu nascimento até o resto de sua vida.

Uma safra de novos estudos realizados em todo o mundo está apresentando revelações surpreendentes sobre o processo de desenvolvimento da inteligência humana

As pesquisas apontam, pela primeira vez, fatores importantíssimos associados ainda à vida uterina e aos primeiros anos de vida que serão decisivos para a evolução do intelecto

Reunidos, esses trabalhos traçam o mais completo retrato científico do nascimento da inteligência.


E se trata de um retrato belíssimo. Ele deixa claro o quanto essa habilidade depende de uma combinação complexa de circunstâncias para que atinja seu ápice na vida adulta. Condições que surgem antes mesmo da fecundação, como evidencia uma pesquisa realizada no Centro Médico Forest Baptist (Eua). O trabalho apontou que filhos de mães com Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 30 (já classificado como obesidade) têm maior chance de desenvolver limitações cognitivas.

Eles manifestaram três pontos a menos de QI (quociente de inteligência) em relação aos nascidos de mulheres de peso normal. Ainda se estuda de que maneira o excesso de peso da mãe impacta a inteligência do filho, mas há algumas hipóteses. “O acúmulo de peso pode contribuir para um maior número de células anormais do sistema imunológico, capazes de atacar outras estruturas”, disse à ISTOÉ Jennifer Helderman, uma das autoras do estudo. “O mecanismo resulta em uma maior predisposição à inflamação, que poderia afetar o tecido neurológico da mãe e do feto”, especula.
as primeiras semanas após a fecundação, inicia-se uma etapa-chave: 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Entrevista com a Drª Nádia Bossa



Hoje a entrevista é um pouquinho diferente das anteriores. Até o momento, só postei entrevistas com mamães que tinham contribuições e questionamentos. Esta sessão, Entrevistas, que vai ao ar toda quinta, desperta muitas trocas de experiências. Diversas vezes escuto pessoalmente as pessoas comentarem sobre uma ou outra entrevista que já foi publicada. Até a primeira, com a mamãe Débora, de gêmeos, feita lá no início, não foi esquecida. Quando menos espero tem alguém que comenta que leu e que gostou muito. Porém, dessa vez o conteúdo é outro.
Vejam os relatos da entrevista que gravei com a Drª Nádia Bossa para o quadro, ‘Educação com Roberta Pimentel’, que foi ao ar na terça, dia 29, no Canal 27, TV Mato Grosso.
Como o tempo do quadro não é muito longo, deu para fazer apenas duas perguntas para à Drª Nádia, que elenquei como principais a partir do que tenho conversado nas escolas e com grupos de professores(as).
Aproveitei para tratar sobre a psicopedagogia. Eu não podia perder a oportunidade de falar sobre isso com a principal autora do país nessa área. A Drª Nádia é citada em várias pesquisas que envolvem essa práxis, inclusive suas obras já fazem parte das referências bibliográficas de muitos concursos.
Primeiramente pedi que comentasse  as principais contribuições dessa área para as discussões da educação brasileira.
De forma bastante clara, ela  disse: “A psicopedagogia se propõe a compreender o processo da aprendizagem. É por meio dela que nos tornamos efetivamente humanos. Nós aprendemos desde que nascemos. Aprender é algo realmente complexo, envolve a mente, o ambiente ao nosso redor, as relações sociais e muitos outros fatores. Devido a essa complexidade, só a pedagogia ou a psicologia não dariam conta. Então veio a psicopedagogia que busca em outras áreas a compreensão dos fenômenos que envolvem a aprendizagem, seus fatores internos e externos. Sua grande contribuição está na identificação das causas e sintomas que interferem nesse processo. É a especialidade apta para identificar as causas e os sintomas, quando há queixas de dificuldade na aprendizagem”.
Depois perguntei à ela quais são as dicas sobre os momentos de encaminhamento, pois toda semana me questionam exatamente sobre como fazer a escolha certa. Sempre escuto: “Acabei indicando um psicólogo, mas agora estou em dúvida se fiz a indicação certa, será que eu deveria ter encaminhado primeiro para um neuropediatra ou para uma psicopedagoga?”
A Drª Nádia foi bem objetiva, não fez rodeios e simplificou a questão, exatamente como deve ser: “Para a identificação das causas de uma dificuldade na aprendizagem as pessoas ao redor da criança, sejam os professores, os pais ou outro profissional, devem se dedicar a uma análise muito cautelosa para observar sistematicamente quais são os sintomas, pois o que ajuda no encaminhamento é o entendimento das dimensões que estão prejudicadas. O que interfere é uma problemática relacional, com sofrimento nas relações sociais? Então o psicólogo é o indicado. O fator é específico sobre a não identificação do aluno com a metodologia da escola? Ou então o que se percebe é uma problemática com os conteúdos escolares? Nesses casos quem pode colaborar muito é o psicopedagogo. Quando existe uma questão orgânica, é necessária a avaliação médica, de um pediatra, por exemplo. E há os casos em que será necessário dois encaminhamentos: psicólogo e fonoaudiólogo, ou pediatra e psicopedagogo. Enfim, sobre esse assunto, o que vale ressaltar sempre é o que está na origem da dificuldade. Depois de identificada qual é a demanda, aí pensa-se no profissional adequado.”
Os dois blocos da entrevista foram bem objetivos, para mim foi uma honra e um prazer entrevistar a Drª Nádia. Espero que as pessoas tenham gostado de nos ouvir e, para quem estava longe de Cuiabá ou não pôde assistir, fica aqui o registro de como foi nosso bate papo.
Para encerrar, deixo uma sugestão: quando é possível identificar a causa e o sintoma, é mais fácil, os próprios pais e a escola conseguem decidir pelo profissional correto. Mas, o que tenho visto, em diversas escolas, são dúvidas bastante complexas, que dificultam a tomada de decisão sobre o profissional adequado.
Muitas vezes os casos apresentam vários sintomas, o que leva a escola a ter dúvidas. É comum observar, por exemplo, uma timidez em excesso, uma criança que pouco se comunica, que não fixa o olhar, que em vários momentos parece estar no mundo da lua. E aí? Trata-se de um suposto autismo? É um problema emocional? Ou é pedagógico?
Muitos casos camuflam a causa real, sendo difícil identificá-las. Então, quando não há certeza sobre qual encaminhamento fazer, procurem um psicopedagogo, pois ele faz um diagnóstico amplo, utiliza-se de recursos diversos que possibilitam clarear algumas dúvidas.
Fazer encaminhamento não é algo simples, como muitas vezes pode parecer. Se a criança já tem um quadro de dificuldade, nossa responsabilidade quanto ao encaminhamento correto é algo muito significativo, por isso eu sempre indico um bate papo com esse profissional, pois entre todos os citados é o que está mais preparado para desmistificar os casos e encontrar o melhor caminho, junto com a escola e família. É claro que em muitos outros casos, a própria escola e a família conseguem perceber a causa e se sentem seguros para os encaminhamentos. A dica é apenas para os casos mais complicados onde professor, coordenador ou até os pais  não se sentem preparados para determinar o encaminhamento.
Estou preparando novos artigos sobre o que é a psicopedagogia e como se dá sua práxis. Aguardem…

Com carinho, Roberta.

Habilidade permanente para construir aprendizagens


Hoje vocês terão que me perdoar, mais estou toda confiante, segura e alegre com esta nova publicação. Este desafio de criar novos artigos semanalmente, e mais de um por semana, é uma imersão fascinante no mundo das novas aprendizagens. Nunca tive a intenção de criar um blog para ficar contando coisas pessoais ou escrever opiniões, sei lá, a intenção sempre foi criar um espaço virtual onde as trocas entre mentes  pensantes pudesse ocorrer de forma inteligente e ao mesmo tempo de modo não muito formal. ‘Blogar’ artigos foi a solução que encontrei (rsrsrs).
Geralmente as coisas nunca ficam em um único ‘patamar’ quando o que fazemos é a nossa realização verdadeira e por isso a questão não é só escrever por aqui, mas criar projetos presenciais e estar envolvida constantemente com cursos e estudos que possam ser úteis para pais e profissionais que lidam com a aprendizagem humana. Outro objetivo é escrever também para outros meios; sites, blogs ou jornais parceiros.
Quando escrevi o artigo que lerão logo abaixo, o enviei ao jornal na quinta, dia 09, logo cedo, como faço todas as quintas. A Folha do Estado publica no domingo, como muitos de vocês já sabem. Nesta semana ocorreu um fato que me deixou imensamente contente, afinal, toda vez que percebo que estou conseguindo escrever coisas bastante significativas para vocês a satisfação é maior. Alguns artigos consigo perceber o interesse pelas curtidas recebidas ou mensagens in box pelo facebook, que é por onde mais recebo comentários (e-mail moderno da nossa geração…rsrsrs). Dessa vez a percepção foi diferente, porque antes da Folha publicar eu já estava toda orgulhosa. O que aconteceu é que no mesmo dia, no início da tarde assisti uma palestra virtual com o renomado César Coll, da Espanha, ao vivo. O tema era sobre a educação do século XXI na perspectiva da relação escola e família.
Para explicar suas reflexões César Coll deixou claro por meio de repetidas explicações que a escola não pode  mais ser regida pelos currículos sobrecarregados onde o aluno não constrói a habilidade de aprender a longo prazo. Nem vou contar mais nada porque em breve farei um post novinho para contar sobre essa palestra. Agora leiam o artigo que eu já tinha escrito e inclusive enviado para a redação da Folha, analisem o quanto as reflexões se complementam. Bem gostoso pensar que estou conseguindo trazer aqui para o blog, para os meus leitores, temas que às vezes podem até parecer já ‘batidos’, mas na verdade estão sendo discutidos atualmente com novas e esperançosas perspectivas.
O aprendizado e suas essências
Jornal Folha do Estado – 12/05
A capacidade de construir constantemente novas aprendizagens é sempre essencial para situações diversas da vida. Seja simplesmente para fazer uma boa leitura e obter uma interpretação adequada, criar novas metas de vida, se adequar a etapas diferentes, até construir complexos projetos profissionais.
Aqueles que desenvolveram ao logo da vida o dom de construir continuamente novas aprendizagens conseguem algumas vantagens tanto no aspecto profissional, como em outras áreas da vida, desde questões do equilíbrio emocional, aprimoramento do convívio social, entre outros aspectos, afinal, para tudo na vida faz diferença estar disposto a reconstruir o que já se sabe.
Jornalistas, empresários, professores, engenheiros, médicos, agricultores, enfim, todas as áreas de atuação profissional exigem leituras e estudos para a execução de seus trabalhos. Certamente, os que passaram por uma experiência positiva de contato com os processos de construção de aprendizagem apresentarão maior facilidade para interpretar, criar e estabelecer sempre novas metas de sucesso profissional.
Ainda que muitas pessoas tenham conquistado e construído uma excelente carreira profissional com poucos anos de estudo formal, ainda assim, para continuarem como profissionais competentes, atuantes e atualizados precisarão sempre do processo da aprendizagem, seja para ler, interpretar, apresentar palestras ou projetos. O dom da aprendizagem é realmente um diferencial facilitador de muitas situações da vida.
No meu entender, o aprender tem muita semelhança com a habilidade reflexiva. Geralmente, as pessoas estudiosas (sentido amplo) são mais reflexivas, gostam muito de construir novos conhecimentos, leem constantemente, desde livros, jornais e vários sites da internet, assistem filmes, ou seja, gostam do envolvimento com o novo, buscam sempre conhecer algo diferente. O hábito de ler novos livros, conhecer assuntos variados e assistir filmes é uma busca pela descoberta do novo e quem sempre busca novas aprendizagens é mais reflexivo.
Pessoas assim conseguem dialogar sobre uma ampla gama de assuntos, estão sempre atualizadas sobre seu campo de trabalho e sobre outros assuntos também.
Nesse contexto penso que é bastante salutar indagarmos: como é que nós, pais, e escolas estamos incentivando em nossas crianças a habilidade, ou melhor, o gosto pela descoberta do processo constante de aprendizagem?
Nas escolas e em casa incentivamos a busca por novos conhecimentos? A escola se faz no seu dia a dia por meio de projetos que incentiva os alunos a buscarem seus próprios conhecimentos ou ainda existe muita passividade na aprendizagem? Cópias, incansáveis leituras prontas dos livros didáticos, muitas vezes bastante distantes dos projetos que os professores desejariam desenvolver. As escolas e os pais estão atentos para o que vem de dentro das crianças? O que elas estão procurando aprender de novo e que é resultado da busca interior, que provém dos seus próprios interesses?
Será que nossas escolas e nós enquanto família, ainda não estamos trabalhando demais com questões de fora para dentro? Se as crianças desde cedo aprendessem mais vezes a reconhecer seus próprios interesses e conseguissem sair em busca das suas aprendizagens não seriam melhores construtores de novas aprendizagens ao longo de toda a vida?
Sinto-me uma dessas pessoas com imenso prazer por novas aprendizagens. Abro jornais, revistas e livros com grande desejo por coisas novas e ricas de conteúdos. Estou sempre em busca de leituras que dialoguem com meus pensamentos. Mas estou certa de que infelizmente não aprendi isso na escola, aliás, vivi momentos de muito sofrimento na fase escolar da infância, tinha problemas de vínculo com os professores.
Essa minha busca que parece não cessar nunca é totalmente uma influência dos meus pais que a vida toda incentivaram leituras diversas e sempre estimularam a construção de novos conhecimentos. Gostaria imensamente de ter lembranças destes incentivos também por parte da escola.
Recentemente ouvi uma palestra virtual onde uma mãe, também professora, falava de suas preocupações sobre o tanto que a vida é rica de informações, bem além daquilo que ela percebe na escola dos seus filhos. Não é algo pertinente para refletirmos? Os professores não precisam urgentemente de uma abertura maior, para além dos currículos rígidos a serem seguidos?
Não relato aqui a minha história. Não abordo a importância do estímulo na construção constante de aprendizagem somente a partir das minhas lembranças pessoais, bem além disso transcrevo em forma de artigo o que ouço de muitas pessoas ao meu redor. Várias delas também são profissionais na escola em busca de mudanças de paradigmas, na luta por uma estrutura curricular mais significativa.
“A maneira como ensinamos e aprendemos vive um momento crucial que só acontece a cada milênio”, diz Salman Khan – autor do livro ‘Um mundo, uma escola’ conhecido mundialmente pelas aulas gratuitas na internet por meio da Khan Academy.
 Que sejamos a geração responsável por mudanças qualitativas, pois a escola não pode ser mais o espaço onde se estuda vários conteúdos e depois grande parte fica apenas no esquecimento.
Com carinho, Roberta.


segunda-feira, 15 de abril de 2013

Como é o atendimento psicopedagógico clínico ?



São utilizados recursos para a construção do conhecimento
     O tratamento deve estar voltado para a construção do conhecimento, e não para o produto final. São utilizados diversos recursos pelo psicopedagogo: dramatizações, jogos, leituras, diálogos, desenhos, projetos e outras maneiras que serão descobertas no decorrer dos atendimentos.  O psicopedagogo tem informação para orientar pais e professores, ser o mediador de todo o processo e, assim, ir além da junção do conhecimento do psicólogo e pedagogo.
É com o apoio e intervenção adequada de um psicopedagogo que a pessoa pode ter sucesso na vida escolar e social, e progredir em carreiras bem-sucedidas, em cargos de destaques, ao longo da vida.  A partir do estudo da origem da dificuldade em aprender, o psicopedagogo desenvolve atividades que estimulam as funções cognitivas que não estão ativadas no paciente e a questão afetiva e social. Opsicopedagogo contribui para a construção da autonomia e independência, através da relação com “como eu aprendo” e “como me relaciono com o saber”.  Durante as sessões com o psicopedagogo, os recursoscomo jogos, livros e computador, tem a finalidade de descobrir os estilos de aprendizagem do paciente: ritmos, hábitos adquiridos, motivações, ansiedades, defesas e conflitos em relação ao aprender. O psicopedagogo tem a função de auxiliar o indivíduo que não aprende a se encontrar nesse processo, além de ajudá-lo a desenvolver habilidades para isso.
Caso você precise de uma equipe interdisciplinar, entre em contato com o Centro Psicopedagógico Apoio. Nós atuamos com excelência na prevenção das dificuldades de aprendizagem, a partir de um enfoque transdiciplinar. Realizamos atendimento psicológico, psicopedagógico, psicanalítico e fonoaudiológico.

sexta-feira, 29 de março de 2013

TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS NA INFÂNCIA



O pensar, a capacidade de utilizar uma linguagem escrita, falada ou ainda de experimentar sentimentos não nascem com a criança, estando profundamente relacionados a seu desenvolvimento.
Desde o nascimento, o bebê vai tendo experiências na relação com a mãe ou com quem o cuida que lhe vão permitindo, de forma rudimentar, classificar "o que é igual ou diferente". Ao cuidar do bebê, a mãe deverá ser capaz de "traduzir", à sua maneira, as necessidades do mesmo. Os gestos ou tipos de cuidados fazem com que o bebê aprenda a discriminar as suas sensações do ambiente externo. Dessa maneira, é de suma importância que o cuidador tolere sensivelmente o desconforto do bebê, administrando os cuidados necessários afetivamente, para que dessa maneira a criança construa uma integrada condição emocional.
Existem, entretanto, transtornos psiquiátricos que podem ocorrer no desenvolvimento da criança, os quais examinaremos a seguir e que são:
Transtornos da aprendizagem, transtornos das habilidades motoras e transtornos da comunicação (linguagem)
Os transtornos da aprendizagem referem-se a dificuldades na leitura, na capacidade matemática ou nas habilidades de escrita, medidas por testes padrões que estão substancialmente abaixo do esperado, considerando-se a idade da criança, seu quociente de inteligência (QI ) e grau de escolaridade.

TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE


O que é?
A hiperatividade e déficit de atenção é um problema mais comumente visto em crianças e se baseia nos sintomas de desatenção (pessoa muito distraída) e hiperatividade (pessoa muito ativa, por vezes agitada, bem além do comum). Tais aspectos são normalmente encontrados em pessoas sem o problema, mas para haver o diagnóstico desse transtorno a falta de atenção e a hiperatividade devem interferir significativamente na vida e no desenvolvimento normais da criança ou do adulto.
Quem apresenta?
Estima-se que cerca de 3 a 6% das crianças na idade escolar (mais ou menos de 6 a 12 anos de idade) apresentem hiperatividade e/ou déficit de atenção. O diagnóstico antes dos quatro ou cinco anos raramente é feito, pois o comportamento das crianças nessa idade é muito variável, e a atenção não é tão exigida quanto de crianças maiores. Mesmo assim, algumas crianças desenvolvem o transtorno numa idade bem precoce. Aproximadamente 60% dos pacientes que apresentaram TDAH na infância permanecem com sintomas na idade adulta, embora que em menor grau de intensidade. Na infância, o transtorno é mais comum em meninos e predominam os sintomas de hiperatividade. Com o passar dos anos, os sintomas de hiperatividade tendem a diminuir, permanecendo mais freqüentemente a desatenção, e diminuindo a proporção homem x mulher, que passa a ser de um para um.
Como se desenvolve?
Geralmente o problema é mais notado quando a criança inicia atividades de aprendizado na escola, pelos professores das séries iniciais, quando o ajustamento à escola mostra-se comprometido. Durante o início da adolescência o quadro geralmente mantém-se o mesmo, com problemas predominantemente escolares, mas no final da adolescência e início da vida adulta o transtorno pode acompanhar-se de problemas de conduta (mau comportamento) e problemas de trabalho e de relacionamentos com outras pessoas. Porém, no final da adolescência e início da vida adulta ocorre melhora global dos sintomas, principalmente da hiperatividade, o que permite que muitos pacientes adultos não necessitem mais realizar tratamento medicamentoso para os sintomas.
O que causa?
Os estudos mais recentes apontam para a genética como principal causa relacionada ao transtorno. Aproximadamente 75% das chances de alguém desenvolver ou não o TDAH são herdadas dos pais. Além da genética, situações externas como o fumo durante a gestação também parecem estar relacionados com o transtorno. Fatores orgânicos como atrasado no amadurecimento de determinadas áreas cerebrais, e alterações em alguns de seus circuitos estão atualmente relacionados com o aparecimento dos sintomas. Supõe-se que todos esses fatores formem uma predisposição básica (orgânica) do indivíduo para desenvolver o problema, que pode vir a se manifestar quando a pessoa é submetida a um nível maior de exigência de concentração e desempenho. Além disso, a exposição a eventos psicológicos estressantes, como uma perturbação no equilíbrio familiar, ou outros fatores geradores de ansiedade, podem agir como desencadeadores ou mantenedores dos sintomas.

O Autismo e suas características.


Vídeo sobre Autismo infantil


terça-feira, 26 de março de 2013

A IDADE DO CÉREBRO É IGUAL À IDADE DA MENTE?


Em boa verdade, não. Por isso é que há muitos idosos com uma mente inegavelmente jovem e muita gente nova mentalmente envelhecida. Pode parecer um exagero, até mesmo uma impossibilidade, mas não é. Mais: não se trata de uma fantasia mas de uma constatação que os estudos científicos têm vindo a confirmar sucessivamente.

Isto é muito interessante porque a mente deve ser daquelas poucas coisas do Universo que, com o avançar do tempo, em vez de envelhecer revela capacidade para se manter jovem, parecendo contrariar as leis da Natureza e da Vida.

Sabemos que, com o avançar dos anos, o corpo – onde se inclui o cérebro – vai sentindo os efeitos da chamada entropia (uma importante lei da Física que tem a ver com o desgaste e a perda de energia causada pelo tempo e por outros factores nocivos como certos estilos de vida). É o que acontece aos diferentes órgãos do nosso corpo que, cada um no seu ritmo e ao seu jeito, vão perdendo o vigor da juventude e envelhecendo. Aliás, é um processo que começa bem cedo na vida mas de que as pessoas só tomam consciência sobretudo a partir da meia-idade.

Voltando ao assunto da mente. Quer se queira quer não - e por muito que se pretenda acreditar que o cérebro e a mente são domínios distintos de uma mesma realidade - uma coisa é um neurónio ou uma rede de neurónios (observáveis, mensuráveis, etc.) e outra coisa, bem diferente, é um pensamento, uma ideia ou uma recordação. Os neurónios são células e fazem parte do cérebro; os pensamentos, as ideias e as recordações são já do domínio da psique, ainda que esta apenas seja possível graças à actividade do cérebro. O cérebro é um órgão mas a psique (ou mente) é um campo de energia e informação (produzido por aquele).

Aqui chegados já começamos a vislumbrar a natureza da mente. Esta é estruturada e dinamizada pela experiência, os estímulos e as aprendizagens obtidas em cada instante da vida. Assim, quanto mais anos de vida tiver a nossa mente, mais experiência e mais informações podemos acolher, gerir e acumular mesmo que o cérebro vá perdendo neurónios que não escapam à tal entropia (a qual conduz à chamada morte neuronal, ou seja, a morte gradual dos neurónios que pode atingir 10% dos 100 mil milhões que formam os cérebros adultos).

Levar uma vida saudável (activa, estimulante e criativa) revigora a mente, abre as portas a novos saberes e garante a agilidade do pensamento. Mesmo que o cérebro tenha 70, 80 ou 90 anos de idade, a mente da pessoa idosa não tem que ficar prisioneira do calendário. Ela pode sempre escapar à perda de vitalidade orgânica através do aprofundamento da sabedoria e da utilização das diferentes aptidões e capacidades (novas aprendizagens, saudáveis relações sociais, novas paixões e interesses, actividades produtivas, etc.). É assim que se constrói o chamado “envelhecimento óptimo”.

As mais recentes investigações científicas garantem que uma vida activa e mentalmente produtiva também aumenta a longevidade. E isso acontece porque o que fizermos com as nossas faculdades mentais tem influência directa no estado do organismo. É por isso que a idade cronológica (aquela que celebramos em cada aniversário) não tem de forçosamente corresponder à idade mental.

DICAS
Levante-se do sofá, saia, mantenha-se um membro activo da sua família, conviva com os amigos (se for necessário faça novas amizades), use a internet, passeie junto da Natureza, leia, interesse-se por diferentes saberes e em pouco tempo perceberá que a sua mente continua com um grande potencial de vida.

Vale a pena tentar pois os benefícios são muito compensadores!

Nelson S Lima

OGO: EIS O QUE ACONTECE NO SEU CÉREBRO



Observe as duas imagens em baixo. Existem várias diferenças entre elas. Tente encontrá-las rapidamente. Eis o que acontece no seu cérebro:

1. Ao identificar as figuras terá de usar o sistema da visão. Essa tarefa envolve os "lobos occipitais" (a vermelho na figura acima).

2. Depois tem de analisar as relações espaciais entre as figuras que vê. Isso vai exercitar os "lobos occipitais" e os "parietais" (a verde).

3. Vai ter de usar a memória para se recordar do que viu numa figura e comparar com a outra imagem. Usará então a chamada memória de curto prazo (memória de trabalho) que vai envolver outras zonas do cérebro: os "lobos frontais" (a azul) e os "lobos parietais" (a verde).

4. Finalmente, tem de assinalar onde encontrou as diferenças; isso envolverá, mais uma vez, os seus "lobos frontais"

DICAS PARA CONTROLAR A ANSIEDADE



- Técnica de respiração dos 4 pontos: imagine um quadrado. Visualize um dos cantos (o superior esquerdo) e inspire calmamente contando mentalmente até 4. Imagine agora o canto superior direito e sustenha a respiração contando até 4. Passe para o canto inferior direito e expire contando até 4. Finalmente, avance para o canto inferior esquerdo e repita a palavra “relaxar” 4 vezes.
- Higienize o seu sono. Durma as horas necessárias de forma a não ter sono durante o dia.
- Alimente-se à base de nutrientes não excitantes, legumes, frutas, peixe e carne branca.
- Reduza o consumo de açúcar refinado (branco).
- Modere a ingestão de álcool.
- Evite a cafeína a partir das 14 horas (a cafeína é um excitante que pode perturbar o sono visto que demora 15 a 35 horas para eliminar 95% da cafeína ingerida!!!).
- Exercite-se. Faça ginástica ou pratique um desporto que o distraia da ansiedade.
- Aprenda a relaxar os músculos totalmente pelo menos uma vez por dia.
- Evite excesso de informação e estimulação visual.

Nelson S Lima

MAIS SAÚDE PARA O SEU CÉREBRO MAIS ENERGIA PARA A SUA PERSONALIDADE



- Melhore sua auto-consciência, dedique tempo e espaço para pensar em si, na sua pessoa, seus sentimentos, sua visão do mundo. Cultive-se mantendo-se informado e culturalmente rico.

- Relaxe diariamente em algum sítio e com alguma atividade que o ajude a reduzir o SPA (Síndrome do Pensamento Acelerado), provocado pelo stresse e a agitação do dia-a-dia. Ler, passear, contemplar o céu, praticar um desporto, etc., podem ajudar.

- Se tiver filhos fale mais com eles, convive com seus amigos, mantenha referências e laços com pessoas que podem mantê-lo ligado sentimentalmente ao mundo das pessoas.

- Tenha sempre um projeto de vida, feito de etapas e pequenas ambições que orientem sua caminhada na Terra.

- Mantenha um diário, um blog pessoal ou algo em que possa anotar suas ideias, acontecimentos marcantes, reflexões, etc.

- Afaste-se de pessoas que o martirizem, o façam sofrer, perturbem sua vida. Goste de si e não fique dependente de amores impossíveis ou não correspondidos.

- Procure conhecer pessoas interessantes, com quem seja bom falar, trocar ideias e conhecimentos e não meros tagarelas (pessoas que falam, falam e não dizem nada de novo ou de interessante).

- De manhã, ao acordar, diga BOM DIA em voz alta, para si mesmo! E faça um sorriso frente ao espelho (seu cérebro vai traduzir isso como uma mensagem positiva).

- Cuide de sua saúde. Alimente-se com equilíbrio. Não cometa suicídio gradual através do que ingere todos os dias e que um dia poderá "rebentar" seu coração ou degenerar suas células! Durma também o necessário para que os seus neurónios se mantenham jovens!

Nelson S Lima

MITOS SOBRE O CÉREBRO E A APRENDIZAGEM em que muitos professores acreditam.....




1. Indivíduos aprendem melhor quando eles recebem informação no seu estilo de aprendizagem preferido (por ex., auditivo, visual, sinestésico).

2. Diferenças na dominância hemisférica (hemisfério esquerdo ou direito) podem explicar diferenças individuais entre alunos.

3. Curtos surtos de exercícios de coordenação podem melhorar a integração entre as funções dos hemisférios esquerdo e direito do cérebro.

4. Exercícios que ensaiam a coordenação de habilidades motoras e de percepção podem melhorar as habilidades de alfabetização.

5. Ambientes que são ricos em estímulos melhoram o cérebro de crianças em idade pré-escolar.

6. Crianças têm menos atenção após consumirem bebidas e/ou guloseimas açucaradas.

7. Foi comprovado cientificamente que suplementos de ácidos graxos (ômega-3 e ômega-6) têm um efeito positivo sobre o desempenho acadêmico.

8. Existem períodos críticos na infância após os quais certas coisas não podem mais ser aprendidas.

9. Nós usamos apenas 10% do nosso cérebro.

10. Crianças precisam dominar a sua língua nativa antes de aprender uma segunda língua. Se elas não fizerem isso, nenhuma das línguas será dominada.

11. Problemas de aprendizagem associados à diferença de desenvolvimento de funções cerebrais não podem ser remediadas pela educação.

12. Se os estudantes não tomarem uma quantidade suficiente de água (6 a 8 copos por dia), os seus cérebros encolherão.

Estes dados foram recolhidos numa amostra de 242 professores da Inglaterra e da Holanda que se consideravam informados sobre Neuroeducação.
Fonte: Cérebro Melhor

TDAH – Algumas dicas para os pais



Programas de treinamento para pais de crianças com TDAH frequentemente começam com ampla divulgação de informação.
Existe uma grande quantidade de livros, vídeos e fitas disponíveis, com dados a respeito do transtorno em si e de estratégias efetivas, que podem ser usadas por familiares.
A lista que segue revê alguns pontos, de uma série de estratégias, que podem ajudar os pais de crianças com TDAH:

  • Mandamentos
  1. Reforçar o que há de melhor na criança.
     
  2. Não estabelecer comparações entre os filhos. Cada criança apresenta um comportamento diante da mesma situação.
     
  3. Procurar conversar sempre com a criança sobre como está se sentindo.
     
  4. Aprender a controlar a própria impaciência.
     
  5. Estabeleça regras e limites dentro de casa, mas tenha atenção para obedecer-lhes também.
     
  6. Não esperar ‘’perfeição’’.
     
  7. Não cobre resultados, cobre empenho.
     
  8. Elogie! Não se esqueça de elogiar! O estímulo nunca é demais. A criança precisa ver que seus esforços em vencer a desatenção, controlar a ansiedade e manter o ‘’motorzinho de 220 volts’’ em baixas rotações está sendo reconhecido.
     
  9. Manter limites claros e consistentes, relembrando-os frequentemente.
     
  10. Use português claro e direto, de preferência falando de frente e olhando nos olhos.
     
  11. Não exigir mais do que a criança pode dar: deve-se considerar a sua idade.
  • Estudo
     
  1. Escolher cuidadosamente a escola e a professora para que a criança possa obter sucesso no processo de ensino-aprendizagem.
     
  2. Não sobrecarregar a criança com excesso de atividades extracurriculares.
     
  3. O estudo deve ser do jeito que as crianças ou os adolescentes bem entenderem. Tudo deve ser tentado, mas se o resultado final não corresponder às expectativas, reavalie após algumas semanas e peça novas opções; vá tentando até chegar à situação que mais favoreça o desempenho.
     
  4. Tenha contato próximo com os professores para acompanhar melhor o que está acontecendo na escola.
     
  5. Todas as tarefas têm que ser subdivididas em tarefas menores que possam ser realizadas mais facilmente e em menor tempo.

  • Regras do dia-a-dia
     
  1. Dar instruções diretas e claras, uma de cada vez, em um nível que a criança possa corresponder.
     
  2. Ensinar a criança a não interromper as suas atividades: tentar finalizar tudo aquilo que começa.
     
  3. Estabelecer uma rotina diária clara e consistente: hora de almoço, de jantar e dever de casa, por exemplo.
     
  4. Priorizar e focalizar o que é mais importante em determinadas situações.
     
  5. Organizar e arrumar o ambiente como um meio de otimizar as chances para sucesso e evitar conflitos.

  • Casa
     
  1. Manter em casa um sistema de código ou sinal que seja entendido por todos os membros da família.
     
  2. Manter o ambiente doméstico o mais harmônico e o mais organizado quanto possível.
     
  3. Reservar um espaço arejado e bem iluminado para a realização da lição de casa.
     
  4. O quarto não pode ser um local repleto de estímulos diferentes: um monte de brinquedo, pôsteres, etc.

  • Comportamento
     
  1. Advertir construtivamente o comportamento inadequado, esclarecendo com a criança o que seria mais apropriado e esperado dela naquele momento.
     
  2. Usar um sistema de reforço imediato para todo o bom comportamento da criança.
     
  3. Preparar a criança para qualquer mudança que altere a sua rotina, como festas, mudanças de escola ou de residência, etc.
     
  4. Incentivar a criança a exercer uma atividade física regular.
     
  5. Estimular a independência e a autonomia da criança, considerando a sua idade.
     
  6. Estimular a criança a fazer e a manter amizades.
     
  7. Ensinar para a criança meios de lidar com situações de conflito (pensar, raciocinar, chamar um adulto para intervir, esperar a sua vez).

  • Pais
     
  1. Ter sempre um tempo disponível para interagir com a criança.
     
  2. Incentivar as brincadeiras com jogos e regras, pois além de ajudar a desenvolver a atenção, permitem que a criança organize-se por meio de regras e limites e, aprenda a participar, ganhando, perdendo ou mesmo empatando.
     
  3. Quem tem TDAH pode descarregar sua “bateria” muito rapidamente. Se este for o caso, recarregue-a com mais frequência. Alguns portadores precisam de um simples cochilo durante o dia, outros de passear com o cachorro, outros de passar o fim de semana fora, outros ainda de ginástica ou futebol. Descubra como a “bateria” do seu filho é melhor recarregada.
     
  4. Evite ficar o tempo todo dentro de casa, principalmente nos fins de semana. Programe atividades diferentes, não fique sempre fazendo a mesma coisa. Leve todos à praia, ao teatro, ao cinema, para andar no parque, enfim, seja criativo.
     
  5. Estabeleça cronogramas, incluindo os períodos para ‘’descanso’’, brincadeiras ou simplesmente horários livres para se fazer o que quiser.
     
  6. Nenhuma atividade que requeira concentração (estudo, deveres de casa) pode ser muito prolongada. Intercale coisas agradáveis com tarefas que demandam atenção prolongada (potencialmente desagradáveis, portanto).
     
  7. Procure sempre perguntar o que ela quer, o que está achando das coisas. Não crie uma relação unidirecional. Obviamente, os pedidos devem ser negociados e atendidos no que for possível.
     
  8. Use mural para afixar lembretes, listas de coisas a fazer, calendário de provas. Também coloque algumas regras que foram combinadas e promessas de prêmio quando for o caso.
     
  9. Estimule e cobre o uso diário de uma agenda. Se ela for eletrônica, melhor ainda. As agendas devem ser consultadas diariamente.


  • Lembre-se sempre
     
  1. Procure o máximo de informações possível sobre o TDAH: leia livros, faça cursos, entre para organizações como a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (www.tdah.org.br), faça contato com outros pais para dividir experiências bem e mal sucedidas.
     
  2. Tenha certeza do diagnóstico e segurança de que não há outros diagnósticos associados ao TDAH.
     
  3. Tenha certeza de que o tratamento está sendo feito por um profissional que realmente entende do assunto.
     
  4. Lembre-se que seu filho (a) está sempre tentando corresponder às expectativas, mas às vezes não consegue. Deve sempre lembrar-se aos pais que estes devem ser otimistas, pacientes e persistentes com o filho. Não devem desanimar diante dos possíveis obstáculos.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Curso de Distúrbios de Aprendizagem


O curso Distúrbios de Aprendizagem, por meio da Educação Especial oferece ao profissional, o conhecimento sobre Deficiência mental, Transtornos na infância, memória e muito mais.
1.Público Alvo
Este curso é direcionado aos profissionais de diversas áreas do conhecimento e estudantes que procuram atualização no assunto, que estão em busca de novos desafios e querem obter maior aprendizado sobre Distúrbios de Aprendizagem.
2.Objetivo Geral
Oferecer aos profissionais e estudantes uma prática constante de atualização, por intermédio da aula  presenciais. Também visa disponibilizar aos participantes, acesso ao ensino de qualidade com eficácia no aprendizado, fornecendo   recursos tecnológicos inovadores, como conteúdo on-line, pesquisa de campo, vídeos, exercícios de fixação e objetos de aprendizagem, que auxiliam na formação do cidadão contemporâneo, crítico e atuante na sociedade.
2.1.Objetivos específicos

·  Conceituar as teorias das dificuldades de aprendizagem;
·  Sintetizar dificuldades de Aprendizagem e memória, suscitando intervenções da família e da escola.
3.Metodologia

O Sistema de Ensino desenvolve sua prática utilizando diversos recursos tecnológicos disponíveis, a fim de promover uma maior interação de seus participantes com a sociedade em que estão inseridos. Por meio da educação a distância e presencial, mediada pela internet como fonte de interação e comunicação e do computador como recurso tecnológico, busca oportunizar uma melhor interação entre teoria e prática. Nossos cursos estimulam a interatividade e a interação entre os participantes, rompendo barreiras geográficas até então intransponíveis, permitindo que a informação seja transmitida com qualidade uniforme e, ao mesmo tempo, o conhecimento seja adquirido de forma individualizada

4.Conteúdo
·         Teorias das dificuldades de aprendizagem;
·         Aprendizagem na escrita;
·         Dislexia;
·         Aprendizagem não verbal;
·         Fala;
·         Deficiência mental;
·         Transtornos na infância;
·         Transtornos de déficit de atenção;
·         Hiperatividade;
·         Características nas meninas;
·         Mediações estimulantes;
·         Terapia cognitivo-comportamental;
·         Intervenções na escola;
·         Características nos adultos;
·         O papel da escola;
·         O papel do professor;
·         Organização na sala de aula;
·         Recusa em ir para escola;
·         Recursos materiais.

5.Duração do curso:
5 meses;
Valor do Curso: Matrícula R$ 80,00, mais 5 parcelas de R$ 120,00
Encontro presencia uma vez por mês.
  • 11 de maio
  • 15 de junho
  • 20 de julho
  • 24 agosto
  • 14 de setembro

6. Certificação _ Instituto Educacional Recriar e Clínica Multidisciplinar
Carga horária 200 horas

Professores especialistas na área de atuação.

Currículo Lattes
Pp.Adaildes Cristina Sales de Oliveira Santos
Psicopedagoga Institucional, Clínica e Hospitalar       
Seção Bahia - N◦ 715

Cels.:75 8812-7564 / 9189-0475 /9976-8517
E-mail: cris-psicopedagoga@hotmail.com
blog: http://psicopedagogiabaiana.blogspot.com


Local: Santo Antonio de Jesus-BA
Amargosa-Ba
Fone.: 75 88127564