sexta-feira, 19 de outubro de 2012

SEMEAR PSICOPEDAGOGIA: UMA TAREFA PRAZEROSA.


Este pequeno artigo, oriundo de algumas recentes reflexões pessoais de seu autor sobre o papel do educador-formador em Psicopedagogia, busca discutir alguns pressupostos considerados como essenciais na tarefa em questão, destacando algumas estratégias utilizadas como fonte de informação e apropriação de saberes e conhecimentos sobre a própria Psicopedagogia e suas interações com o espaçotempo do ensinar/aprender como relação humana.  

A Psicopedagogia como elemento deflagrador de reflexões sobre o ato educativo: um começo de conversa.
“Toda semente traz em si a
promessa de muitas florestas.
 Mas a semente não pode ser guardada.
 Ela precisa doar sua intrínseca
 capacidade de gerar ao solo fértil".
Deepak Chopra

Desde quando iniciei meus estudos em Psicopedagogia, percebi o quanto seria necessário dedicação e esforço para ampliar minhas visões sobre sua importância e necessidade. Em mim, a psicopedagogia sempre foi, e ainda continua sendo, um elemento deflagrador de processos reflexivos sobre o ato educativo em si, seus personagens, seus enredos, suas histórias, seus agentes, seus espaços e seus tempos, enfim, sua cotidianidade. Questões essenciais vinculam-se ao próprio papel da escola em nossa contemporaneidade e, ainda, sobre os conteúdos explícitos e implícitos neste espaço de formação humana.
Hoje, mais do que nunca, é primordial que este espaço revisite a si mesmo, transformando–se e superando a racionalidade própria da escrita, indo para a racionalidade da oralidade, percebendo-se como uma importante instituição presente na complexidade do mundo atual.
O maior desafio que se faz presente é o de incorporar novas formas pensamento, construção do conhecimento e de organização que continuadamente emergem das novas tecnologias da comunicação e informação presentes em nosso mundo globalizado.
Neste sentido, enquanto espaçotempo social, a escola não está conseguindo sintonizar sua prática com sujeitos aprendentes que vivem, de certo modo, imersos em suas experiências com estas novas formas de pensar, de construir conhecimentos, de organizar saberes. Uma nova ecologia se cria na interface dinâmica entre linguagens, tecnologias e racionalidades. Conectados, os sujeitos que de certo modo estão incluídos neste processo, vivenciam processos de estruturação de novas territorialidades, possibilitadores, acredito eu, de criações de modos diferenciados de conexão entre o que está presente no espaço do mundo e no espaço da escola, único modo de fazer com que a escola efetivamente se transforme num espaço realmente aprendente e significativo.

domingo, 14 de outubro de 2012

Homenagem ao Dia do Professor

Feliz dia do professor!


Pp. Adaildes Cristina S. de O. Santos
Psicopedagoga Clínica

O Dia do Professor é comemorado em 15 de outubro. A comemoração começou em São Paulo, onde quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para comemorar seu dia, e também traçar novos rumos para o próximo ano.
O Dia do Professor foi oficializado nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto define a razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".
Origem do Dia do Professor
No dia 15 de outubro de 1827, D. Pedro I, Imperador do Brasil baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil, e pelo decreto todas as cidades deveriam ter suas escolas de primeiro grau. O decreto também continha o salário dos professores, as matérias básicas e até como os professores deveriam ser contratados. A ideia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida

sábado, 13 de outubro de 2012

Necessidades educativas especiais - Entender para intervir

 



Resumo: O objetivo deste sintético artigo é fazer a diferenciação entre os distúrbios e as dificuldades de aprendizagem, mostrando que, frente a uma hipótese diagnóstica, temos condições de melhor prepararmos os educadores, pais e professores e promover o sucesso da criança com necessidades educativas especiais.

Palavras-chave: escola, criança, dificuldades e distúrbios de aprendizagem, aspectos cognitivo, biológico e afetivo-social.


A função primordial da escola situa-se no patamar da relação entre a necessidade de se repassar os significados culturais, que foram sócio e historicamente ampliados, e a dinâmica dessa transmissão, que foi formalmente estabelecida ou institucionalizada. Portanto, é na escola que encontramos a possibilidade desse conhecimento ser socializado, gerando aprendizagem, e é nela também que temos a oportunidade de verificar quando há algum obstáculo nesse processo, os quais denominamos de dificuldades ou distúrbios de aprendizagem. Segundo Ciasca (2003), “... a criança nasce em um mundo com passado, em um grupo social que irá transmitir-lhe seus costumes e sua linguagem, e todo conhecimento deverá ser adquirido fragmento por fragmento, misturado a outras experiências pessoais que se desenvolverão progressivamente...”

Nas Dificuldades ou nos Distúrbios de Aprendizagem — estes últimos (DA) caracterizados como uma disfunção no Sistema Nervoso Central (SNC) —, ocorre uma “falha” no processo de aquisição do conhecimento ou do desenvolvimento (portanto, de caráter funcional); enquanto as Dificuldades Escolares (DE) estão relacionadas especificamente a um problema de ordem ou de origem pedagógica, ou seja, alguma interferência no contexto desse processo, seja na metodologia, na relação professor–aluno ou em quaisquer outras dificuldades socioafetivas; segundo Ciasca (2001). Portanto, nós, educadores, ao nos depararmos com uma criança que aparentemente não consegue aprender, necessitamos entender o que causa essa não-aprendizagem para intervirmos com melhores condições pedagógicas ou encaminharmos essa criança na direção de possíveis soluções, normalmente com a necessidade de ajuda de outros profissionais: psicólogos, fonoaudiólogos, neurologistas, psicopedagogos, etc.

Dessa forma, na escola, podemos encontrar diversos portadores de necessidades educativas especiais ou, ainda, diversas estruturas ou condições que desemboquem neste não-aprender, inclusive patologias que implicam dificuldades na estrutura de personalidade desses aprendizes — como é o caso de crianças psicóticas. Podemos definir em palavras simples que a psicose é uma alteração na estrutura da personalidade mais grave que a neurose. Opsicótico necessita de cuidados especiais também na escola. Esses pacientes, chamados, por alguns autores, de atípicos ou emocionalmente perturbados(alguns autores classificam o autismo nessa categoria), possuem transtornos no pensamento e no afeto, daí a necessidade de acompanhamento especializado, pois, na maioria das vezes, não detêm o controle voluntário de suas ações, provocando imprevisíveis explosões de violência e regressões a estados de desamparo e dependência primitiva, necessitando assim de atenção e preparo especializado do profissional que o acompanha.

Dislexia – entendimentos essenciais para famílias e escolas

 



 Você tem dúvidas sobre as dificuldades que uma criança está apresentando na leitura ou escrita? Isso tem lhe preocupado? Então se atente para este artigo: trata-se de uma dislexia? Será?
Existe na sua família, entre pais, avós ou tios, histórico de dislexia? Atenção redobrada! A dislexia tem estreita relação com causas genéticas. Há traços biológicos em sua configuração. Assim, com muita frequência, na clínica, se descobre pessoas da mesma família com transtorno semelhante. 
Se a dislexia é um assunto que está te preocupando – fruto das observações no desenvolvimento da leitura e escrita de uma criança ou adolescente -  um ótimo caminho inicial é investigar históricos na família. Antigamente não tínhamos tanto conhecimento como temos hoje em relação aos transtornos da aprendizagem. 
Graças aos avanços nos estudos da neurociência, da psicopedagogia, da psicologia cognitiva, entre outras áreas, temos muito mais entendimento hoje em dia sobre os fatores que distinguem a dislexia de outras problemáticas
Muitas pessoas sofreram severamente com a leitura e a escrita, mas não passaram por tratamento e nem acompanhamento. Por isso, pode ser que ao investigar esse assunto com os pais, tios e avós, estas mesmas pessoas não saibam identificar a dificuldade que tiveram fazendo relação com o conceito dislexia, e é por esta razão que devemos conversar sobre o tema sem necessariamente usar o nome do transtorno. Basta sondar se parentes bem próximos à criança sofreram durante muitos anos escolares apresentando dificuldades significativas na leitura e escrita. 
Quando há histórico familiar o alerta deve ser maior, esse é um fator preponderante. As intervenções precoces amenizam significativamente esses quadros. Uma pessoa disléxica será sempre disléxica, pois não tem uma cura (pelo menos ainda não), no entanto, há enorme possibilidade de que o quadro não seja severo se a criança receber intervenção desde muito cedo. Com o trabalho precoce, a criança tem grandes chances de dominar a situação e adquirir habilidades que tornarão a dislexia um quadro controlável ao longo da vida. Quando não há intervenção precoce, a criança se alfabetiza com severas dificuldades e, conforme cresce, elas aumentam  – o que faz surgir reações negativas na vida escolar. Na fase adulta enfrentará grandes problemas, pois de fato a leitura e a escrita se tornarão bastante difíceis. 
 

OS TRÊS PORQUINHOS EM LIBRA


 

Jogo Educativo- Adoro Aprender Brincando

O Jogo Educativo - Adoro aprender Brincando  - foi, exclusivamente ,criado para a apresentação da oficina da disciplina Psicomotricidade do curso de pós graduação em psicopedagogia clínica, institucional, hospitalar e empresarial por Jossandra Costa Barbosa, aluna do curso, os desenhos são originais assim como toda sua arte gráfica.

O jogo é composto :por um tapete em lona com tamanho original de 2,90x1,70m, um dado de 0,50cm, 3 caixas e várias placas.Assim como demonstram as fotos abaixo.




Dado Criativo (Pode ser usado os números, as cores e as formas geométricas)

Caixas com Placas

Materiais que podem ser usados com o jogo


·         Jogo Educativo “Adoro aprender Brincando”(2,70x1,60 em lona)
·         Suplemento do jogo:
·         Caixa dos desafios
·         Caixa das curiosidades
·         Caixa Hora de Aprender
·         Placas com as atividades digitadas;.
·         Dado Criativo com três funções ( cores, números  e figuras geométricas)
·         1 bambolê
·         Caixa de som, cd, notebook
·         Objetos para identificar ( carrinho, Bombril, algodão, madeira)

O jogo poderá ser usados nos consultórios psicopedagógicos e escolas( tanto pelos professores como pelo psicopedagogo institucional).

  •  O público alvo são crianças de 3 a 12 anos. 
  • Os objetivos são: Trabalhar AFETIVIDADE- APRENDIZAGEM - MOVIMENTO

  1. Incentivar as crianças a encontrar soluções para os problemas propostos;
  2. Trabalhar aprendizado de forma interdisciplinar de forma lúdica;
  3. Relaxar as crianças;
  4. Proporcionar momentos de afetividade entre os integrantes do grupo;
  5. Desenvolver nas crianças habilidades motoras, equilíbrios, sensorial e de lateralidade.
  6. Ajudar as crianças a conviver com sentimentos de frustações, ansiedade e realizações;
  7. Mostrar a importância das regras, seu bom uso e benefícios;
  8. Abordar temas pessoais através da brincadeira do o que é o que é ?
  9. Incentivar as crianças a enfrentar desafios motores, como pular, rodar, dançar, etc;
  10. Trabalhar formas geométricas, números e cores;



O jogo de regras “Adoro aprender brincando” tem como objetivo um desafio entre pares feito entre as crianças para uma corrida pelas casas 01 a 24. As casas estão divididas em:
·         03 horas do abraço
·         05 desafios;(com atividades de atividade motora – dançar, pular, rodar bambolê, etc)
·         8 casas com hora de aprender ( com atividades de linguagem e conhecimentos matemáticos);
·         3 casas com O que é o que é? ( perguntas referentes a sua vida familiar e cotidiana);
·         2 casas bomba volte duas casas/
·         1 casa bônus surpresa.
·         Personagens que expressão emoções e dialogam com os jogadores incentivando, alertando e parabenizando.

Estratégias estimuladoras (sensibilização, desenvolvimento e fechamento)  


Como jogar:

O psicopedagogo (a) ou professor deve antes de iniciar o jogo explicar as regras do jogo, como ele funciona, separando a turma em duplas.
As crianças devem ficar em pé na largada do jogo, deve-se tirar par ou impar para saber quem vai jogar o dado primeiro. É importante incentivar a criança a ler as boas vindas que o palhacinho diz na entrada.
O dado pode ser usado tanto a sequência de número como de cores e formas geométricas.
A criança deve andar somente a quantidade de casa que o dado indicar, nesse momento deve-se incentivar a criança a ler o que tem na casa e os incentivos que aparecem no trajeto do jogo, enfatizando que emoções elas representam.
O(a)  jogador(a) terá que resolver o desafio psicomotor, a pergunta ou a curiosidade que a casa do jogo indicar.
Ao chegar na casa HORA DO ABRAÇO o(a) jogador(a) deverá escolher alguém da turma para dar um abraço.
O(a) Jogador(a) que chegar a casa 10 deverá voltar duas casas.
Os desafios psicomotores podem ser dançar músicas, pular cordas,fazer movimentos a direita ou esquerda dentre outros.
Nas casa Hora de Aprender o aluno deve resolver atividades a que o mediador pretende que ele aprenda(matemática português, ciências,etc).
Nas casa Curiosidades (O que é o que é) podem ser usados perguntas pessoais como o que deixa a criança ansiosa, nervosa, o que ela gosta da aula, na família , nas brincadeiras, etc.
Ao vencer o jogo a criança deve ser felicitada por todos inclusive ao parceiro que perdeu, este deverá voltar pro seu lugar e outra dupla começar a brincar o jogo.
Deverá ser desclassificado o (a) jogador (a) que se recusar a cumprir as regras do jogo e deverá esperar uma nova rodada para jogar novamente.
No final de todas as duplas, explicar as crianças que não ganharam que poderão jogar e ganhar numa nova oficina.
Após todas as equipes terem brincado, o psicopedagogo ou professor deve sentar em circulo com todas as crianças e perguntar se eles gostaram do jogo, o que sentiram ao ganhar ou perder, se gostariam de brincar de novo, o que mais gostaram, do que sentiram medo, do que não gostaram no jogo e o principal o que aprenderam brincando. Todas as respostas devem ser anotadas em uma ficha resumo.

Regras do Jogo:


Brincar é muito mais que diversão para as crianças. É um momento de total interação e socialização com o mundo exterior. Utilizando recursos como jogos de regras ou simbólicos a criança se sente estimulada a enfrentar desafios.

Caixas ilustradas – Sílabas



Objetivo: Desenvolver a percepção da linguagem escrita; promover a associação da palavra com a figura. Este jogo é direcionado à crianças que já perceberam que cada sílaba representa um som e necessitam superar essa hipótese, de modo a entender que cada letra representa um som. No caso do deficiente auditivo, o professor poderá trabalhar a alfabetização em libras.

Materiais necessários :Caixinhas de fósforo; figuras pequenas; recortes com as sílabas.
...
Você irá encapar as caixinhas de fósforo (ou qualquer outro objeto similar). Cole na superfície da caixinha o desenho de alguma fruta, objeto ou animal, por exemplo, e coloque dentro da caixinha as sílabas que formam o nome da figura.
Número de Participantes: Toda a turma, que pode ser dividida em duplas.
Modo de jogar: As crianças escolhem três caixinhas cada dupla e devem ordenar as sílabas de modo que formem o nome da figura. Depois devem registrar no papel a palavra formada.
Duração: Essas atividades podem ser feita durante o processo de alfabetização.
É preciso que a criança já tenha iniciado a percepção de que a escrita representa os sons da fala.
Estratégias e recursos da aula
Recomendo que a atividade seja feita em dupla. Fazendo a atividade com o colega, as crianças poderão trocar hipóteses sobre a escrita das palavras, o que possibilitará maior avanço no processo de alfabetização. É também uma forma de inclusão do aluno deficiente auditivo ao grupo. Ele estará se interagindo melhor com os colegas.
Avaliação
Com essas atividades, as crianças deverão perceber que cada letra do sistema alfabético representa um fonema.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Feliz Dia das Crianças






Pp. Adaildes Cristina Sales de O. Santos
Psicopedagoga Clínica

Muito diferentie do formato da escola do século passado, muitas escolas de hoje têm por princípio estimular a exploração, a investigação e a resolução de problemas desenvolvendo o pensamento crítico e a formação de opinião. Assim o aluno passa a desenvolver papel de protagonista no aprender construindo seu conhecimento uma vez que ao participar ativamente deste processo toda a experimentação vem envolvida de significação e visão do todo promovendo, assim, a aprendizagem.
Outro fator muito importante é que hoje o trabalho em equipe é muito bem visto pela escola e seu formato também não é o mesmo da escola de antes, pois o delegar tarefas, respeitar a opinião do colega, saber ouvir o que o outro tem a dizer são atitudes frequentes tornando o trabalho em grupo muito mais produtivo, participativo e enriquecedor.
Você pode estar se perguntando se toda esta prática se aplica também na Educação Infantil e eu digo que sim e reforço ressaltando que este início da vida acadêmica é fundamental para que a criança se aproprie deste comportamento passando a agir de forma natural. A criança que desde cedo aprende a esperar a sua vez de falar, de jogar de brincar, que aprende a dividir, a emprestar e a pedir emprestado passa a ter uma maior relação com o coletivo diminuindo o egocentrismo e o individualismo.
No meu livro Inteligências na Prática Educativa abordo a diferença entre individual e individualismo em que tratar de forma individual é valorizar cada um como ser único, e  ser individualista é a necessidade de se impor incondicionalmente.
Desta forma a criança apren