Pp. Adaildes Cristina Santos - Psicopedagoga Clínica e Hospitalar
Inventar histórias e personagens é uma forma
da criança assimilar a realidade e se expressar
Entre os 2 e 6 anos, as crianças adoram brincar de faz
de conta. Inventam personagens, criam histórias e aventuras e claro, adoram
quando os pais entram na brincadeira junto e dão asas para a imaginação deles.
“O jogo simbólico é a representação corporal do imaginário, aproximando a
criança do mundo real.
De acordo com Piaget, a função desse tipo de atividade lúdica consiste em satisfazer o eu por meio de uma transformação do real em função dos desejos, ou seja tem como função assimilar a realidade”, explica Tiago Aquino da Costa e Silva, o Professor Paçoca.
De acordo com Piaget, a função desse tipo de atividade lúdica consiste em satisfazer o eu por meio de uma transformação do real em função dos desejos, ou seja tem como função assimilar a realidade”, explica Tiago Aquino da Costa e Silva, o Professor Paçoca.
Especialista em Educação Física Escolar e
vice-presidente da Associação Brasileira de Recreadores (ABRE), ele conta que a
criança tende a reproduzir nesses jogos as relações predominantes no seu meio
ambiente e assimilar dessa maneira a realidade e uma maneira de se
autoexpressar. “Esses jogo-de-faz-de-conta possibilitam à criança a realização
de sonhos e fantasias, revela conflitos, medos e angústias, aliviando tensões e
frustrações”.
As vantagens das brincadeiras de faz de conta são
muitas: liberdade de regras para a criança inventar o que quiser,
desenvolvimento da imaginação e da fantasia, ausência de objetivo explícito ou
consciente para a criança, lógica própria com a realidade e assimilação da
realidade ao "eu". “No Jogo Simbólico a criança não só exercita sua capacidade
de reflexão e de pensar, mas também o desenvolvimento de suas habilidades
motoras. Para isso, o educador deve explorar as imitações, as atividades
teatrais, as diversas manifestações corporais. Ao desenvolver um jogo simbólico
a criança ensaia comportamentos e papéis, projeta-se em atividades dos adultos,
ensaia atitudes, valores, hábitos e situações diversas.
No mundo da criança e do jogo simbólico, é possível a
modificação de suas ações e representações, através do “faz de conta”. E
finalmente, numa tendência imitativa, a criança busca coerência com a
realidade”, diz Paçoca. Viu só como brincadeiras que parecem tão simples têm um
papel importantíssimo no desenvolvimento do seu filho? Brincar de casinha,
escolinha, super heróis, soldadinho ou até mesmo com um cabo de vassoura como se
fosse um cavalo trabalham a imaginação e coloca a criança em estreita relação
com o meio em que vive. “O jogo de faz de conta representa e produz com
desenvoltura aquilo que a criança viu, ou que lhe contaram. E ä medida que a
criança cresce e progride na socialização, os pensamentos se ampliam e os jogos
simbólicos diminuem”, lembra o especialista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário