sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
O papel dos pais no desenvolvimento da linguagem
Desde que nasce, o bebê emite sons, como choro, resmungos ou gritos. E desde que ouvem os primeiros sons de seu bebê, os pais os recebem como uma forma de comunicação. As mães, em poucos dias, costumam diferenciar, entre os vários choros do bebê, aquele que indica dor, o que se refere ao sono, ou o que significa fome. Quando a mãe significa o choro do bebê, ela supõe que ele esteja lhe falando do que precisa ou o que quer. É essa significação que possibilita o desenvolvimento da linguagem.
Os ruídos que o bebê faz logo ao nascer são reflexos. Depois de um tempo, passam a ser brincadeira: assim como o bebê brinca com suas mãos, também brinca com os sons que saem de sua boca. Os pais ouvem esses sons e os tomam como uma conversa, "respondem" às coisas que o bebê "fala". À medida que escuta o que lhe falam, o bebê vai aprendendo a selecionar aqueles sons que são mais comuns na fala dos adultos, e passa a fazer ruídos mais parecidos com palavras.
Os pais comemoram as novidades na "fala" de seu bebê. Uma mãe nos diz que seu filhinho de 5 meses chamou "mamãe" quando ela saiu de perto, e nós, incrédulos, custamos a acreditar nela. Mas ela está certa: são os pais que primeiro dizem ao seu bebê que ele falou alguma coisa.
Enquanto conversam com seu bebê, os pais fornecem pra ele todo o repertório de sons da língua que falam, apresentam-lhe as palavras que existem nessa língua, a maneira como essas palavras se arranjam na hora em que falamos.
Mas ninguém faz isso de maneira estudada. Isso os pais fazem espontaneamente, quando brincam com seu filho, quando lhe dão comida, quando o banham, quando cuidam dele. A linguagem de uma criança se desenvolve o tempo todo, todos os dias, no dia-a-dia da criança com seus pais e com as outras pessoas com quem ela convive.
Numa certa altura, as crianças percebem que podem usar a fala, as palavras, para substituir algo que não está ali, perto dela. A criança apreende a função da linguagem, que é representar coisas, pessoas, idéias.
Daí pra frente, a fala se desenvolve cada vez mais rápido, surgem inúmeras palavras novas, as crianças vão aos poucos aprendendo a falar todos os sons, perguntam sobre significados, vão construindo frases cada vez mais longas.
E os pais, que sempre tiveram papel essencial nesse desenvolvimento, continuam sendo referência para os filhos. São capazes de corrigir uma palavra aqui, outra frase ali, mas de ter paciência de esperar o tempo dos filhos e de ouvir neles o melhor dos oradores mesmo quando ainda não chegaram lá
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