domingo, 29 de julho de 2012
domingo, 22 de julho de 2012
A criança bipolar
Para saber se uma criança apresenta o Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) é importante evitar justificar alguns comportamentos que podem revelar a doença. Há crianças que nascem mais animadas, com temperamento mais eufórico, com muita energia e criatividade, porém se adaptam bem ao meio-ambiente familiar ou escolar, não causando nenhum transtorno para ela mesma e/ou para os outros. São normais. Por outro lado, se ela é super-irritável, variando repentinamente entre a euforia e a tristeza, entre o desânimo e a hiperatividade (agitação), tendo falta de sono, sem ter nada que explique isto, e se já houve casos de TAB ou depressão séria em algum membro da família, os pais devem procurar orientação médica.
Pode ser mais difícil diagnosticar esta doença na infância porque geralmente pais e professores parecem encontrar uma “causa” para a criança estar eufórica ou depressiva. Surgem explicações lógicas, mas nem tudo o que é lógico é normal.Apesar de não existirem testes padronizados para a Desordem Bipolar, o Dr. Valentim Gentil Filho, professor de psiquiatria da Universidade de São Paulo, cita um adaptado do livro “The Bipolar Child” (“A Criança Bipolar”), o qual reproduzo abaixo e que pode servir de alerta para os pais, professores ou outros cuidadores das crianças.Assinale os comportamentos que a criança apresenta ou apresentou no passado. Se você assinalar mais de 20 itens, ela deveria ser examinada por um profissional da área.A criança:1- Fica aflita demais quando separada da família2- Demonstra ansiedade ou preocupação excessiva3- Tem dificuldade para levantar-se pela manhã4- Fica hiperativa e excitável à tarde5- Tem sono agitado ou dificuldade para conciliar o sono6- Tem terror noturno ou acorda muitas vezes no meio da noite7- Não consegue concentrar-se na escola8- Tem caligrafia pobre9- Tem dificuldade em organizar tarefas10- Tem dificuldade em fazer transições11- Reclama de sentir-se aborrecida12- Tem muitas idéias ao mesmo tempo13- É muito intuitiva ou muito criativa14- Distrai-se facilmente com estímulos externos15- Tem períodos em que fala excessiva e muito rapidamente16- É voluntariosa e recusa-se a ser subordinada17- Manifesta períodos de extrema hiperatividade18- Tem mudanças de humor bruscas e rápidas19- Tem estados de humor irritável20- Tem estados de humor vertiginosamente alegres ou tolos21- Tem idéias exageradas sobre si mesma ou suas habilidades22- Exibe um comportamento sexual inapropriado23- Sente-se facilmente criticada ou rejeitada24- Tem pouca iniciativa25- Tem períodos de pouca energia, ou alheamento, ou se isola26- Tem períodos de dúvida sobre si mesma ou de baixa estima27- Não tolera demoras ou atrasos28- Persegue obstinadamente suas próprias necessidades29- Discute com adultos ou é mandona30- Desafia ou se recusa a cumprir regras31- Culpa os outros por seus erros32- Enerva-se facilmente quando as pessoas impõem limites33- Mente para evitar as conseqüências de seus atos34- Tem acessos de raiva ou fúria explosivos e prolongados35- Tem destruído bens intencionalmente36- Insulta cruelmente com raiva37- Calmamente faz ameaças contra outros ou contra si mesma38- Já fez claras ameaças de suicídio39- É fascinada por sangue ou coágulos40- Já viu ou ouviu alucinaçõesQuanto ao tratamento do Transtorno Afetivo Bipolar, o mesmo deve ser feito por médico psiquiatra e envolve o seguinte:
terça-feira, 17 de julho de 2012
AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
EOCA - Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem
A Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem (EOCA) é um instrumento inspirado na psicologia social de Pichon-Rivière, nos postulados da psicanálise e no método clínico da escola de Genebra foi idealizado por Jorge Visca e é um instrumento de uso simples que avalia em uma entrevista a aprendizagem. (BOSSA, 2007.p.46)
Uma forma de primeira sessão diagnóstica é proposta por Jorge Visca (1987, p. 72) através da EOCA. "Em todo momento, a intenção é permitir ao sujeito construir a entrevista de maneira espontânea, porém dirigida de forma experimental. Interessa observar seus conhecimentos, atitudes, destrezas, mecanismos de defesas, ansiedades, áreas expressão da conduta, níveis de operatividade, mobilidade horizontal e vertical etc”. (Weiss apud Visca, 2007, p. 57).
As propostas a serem feitas na E.O.C.A, assim como o material a ser usado, vão variar de acordo com a idade e a escolaridade do paciente. O material comumente usado para criança é composto numa caixa a onde o paciente encontrará vários objetos, sendo alguns deles relacionados à aprendizagem, tais como, cola, tesoura, papel sulfite branco e colorido, papel crepom e seda, coleção, cola colorida, livros de leituras, revistas para recorte e colagem e diversos outros materiais.
O objetivo da caixa é dar ao paciente a oportunidade de explorá-la enquanto o psicopedagogo o observa, nesse momento serão observados alguns aspectos da criança como: a sua reação, organização, apropriação, imaginação, criatividade, preparação, regras utilizadas, etc.
De um modo geral, usam-se propostas do tipo: “Gostaria que você me mostrasse o que sabe fazer, o que lhe ensinaram e o que você aprendeu”, “Esse material é para que você o use como quiser”, “Você já me mostrou como lê e desenha, agora eu gostaria que você me mostrasse outra coisa”.
Durante a realização da sessão, é necessário observar três aspectos:
A Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem (EOCA) é um instrumento inspirado na psicologia social de Pichon-Rivière, nos postulados da psicanálise e no método clínico da escola de Genebra foi idealizado por Jorge Visca e é um instrumento de uso simples que avalia em uma entrevista a aprendizagem. (BOSSA, 2007.p.46)
Uma forma de primeira sessão diagnóstica é proposta por Jorge Visca (1987, p. 72) através da EOCA. "Em todo momento, a intenção é permitir ao sujeito construir a entrevista de maneira espontânea, porém dirigida de forma experimental. Interessa observar seus conhecimentos, atitudes, destrezas, mecanismos de defesas, ansiedades, áreas expressão da conduta, níveis de operatividade, mobilidade horizontal e vertical etc”. (Weiss apud Visca, 2007, p. 57).
As propostas a serem feitas na E.O.C.A, assim como o material a ser usado, vão variar de acordo com a idade e a escolaridade do paciente. O material comumente usado para criança é composto numa caixa a onde o paciente encontrará vários objetos, sendo alguns deles relacionados à aprendizagem, tais como, cola, tesoura, papel sulfite branco e colorido, papel crepom e seda, coleção, cola colorida, livros de leituras, revistas para recorte e colagem e diversos outros materiais.
O objetivo da caixa é dar ao paciente a oportunidade de explorá-la enquanto o psicopedagogo o observa, nesse momento serão observados alguns aspectos da criança como: a sua reação, organização, apropriação, imaginação, criatividade, preparação, regras utilizadas, etc.
De um modo geral, usam-se propostas do tipo: “Gostaria que você me mostrasse o que sabe fazer, o que lhe ensinaram e o que você aprendeu”, “Esse material é para que você o use como quiser”, “Você já me mostrou como lê e desenha, agora eu gostaria que você me mostrasse outra coisa”.
Durante a realização da sessão, é necessário observar três aspectos:
TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO (TGD)
Pp. Adaildes Cristina Sales de Oliveira Santos
Psicopedagoga Clínica
Os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) são distúrbios nas interações sociais recíprocas que costumam manifestar-se nos primeiros cinco anos de vida. Caracterizam-se pelos padrões de comunicação estereotipados e repetitivos, assim como pelo estreitamento nos interesses e nas atividades.
Os TGD englobam os diferentes transtornos do espectro autista , as psicoses infantis, a Síndrome de Asperger, a Síndrome de Kanner e a Síndrome de Rett .
Com relação à interação social, crianças com TGD apresentam dificuldades em iniciar e manter uma conversa. Algumas evitam o contato visual e demonstram aversão ao toque do outro, mantendo-se isoladas. Podem estabelecer contato por meio de comportamentos não-verbais e, ao brincar, preferem ater-se a objetos no lugar de movimentar-se junto das demais crianças. Ações repetitivas são bastante comuns.
Os Transtornos Globais do Desenvolvimento também causam variações na atenção, na concentração e, eventualmente, na coordenação motora. Mudanças de humor sem causa aparente e acessos de agressividade são comuns em alguns casos. As crianças apresentam seus interesses de maneira diferenciada e podem fixar sua atenção em uma só atividade, como observar determinados objetos, por exemplo.
Com relação à comunicação verbal, essas crianças podem repetir as falas dos outros - fenômeno conhecido como ecolalia - ou, ainda, comunicar-se por meio de gestos ou com uma entonação mecânica, fazendo uso de jargões.
Como lidar com o TGD na escola?
Os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) são distúrbios nas interações sociais recíprocas que costumam manifestar-se nos primeiros cinco anos de vida. Caracterizam-se pelos padrões de comunicação estereotipados e repetitivos, assim como pelo estreitamento nos interesses e nas atividades.
Os TGD englobam os diferentes transtornos do espectro autista , as psicoses infantis, a Síndrome de Asperger, a Síndrome de Kanner e a Síndrome de Rett .
Com relação à interação social, crianças com TGD apresentam dificuldades em iniciar e manter uma conversa. Algumas evitam o contato visual e demonstram aversão ao toque do outro, mantendo-se isoladas. Podem estabelecer contato por meio de comportamentos não-verbais e, ao brincar, preferem ater-se a objetos no lugar de movimentar-se junto das demais crianças. Ações repetitivas são bastante comuns.
Os Transtornos Globais do Desenvolvimento também causam variações na atenção, na concentração e, eventualmente, na coordenação motora. Mudanças de humor sem causa aparente e acessos de agressividade são comuns em alguns casos. As crianças apresentam seus interesses de maneira diferenciada e podem fixar sua atenção em uma só atividade, como observar determinados objetos, por exemplo.
Com relação à comunicação verbal, essas crianças podem repetir as falas dos outros - fenômeno conhecido como ecolalia - ou, ainda, comunicar-se por meio de gestos ou com uma entonação mecânica, fazendo uso de jargões.
Como lidar com o TGD na escola?
Desenvolvimento de ferramentas pedagógicas para identificação de escolares de risco para a dislexia
Por: Olga Valéria Campana dos Anjos Andrade; Paulo Sérgio Teixeira do Prado; Simone Aparecida Capellini
RESUMO – Objetivo: Elaborar e aplicar atividades pedagógicas coletivas, que avaliem as habilidades fonológicas em pré-leitores e leitores iniciantes e que sirvam como potenciais instrumentos de rastreamento para ajudar na identificação de escolares de risco para desenvolver dificuldades na leitura escrita. Método: As tarefas FAE (ferramentas alternativas do educador) basearam-se em tarefas fonológicas clássicas conhecidas como “categorização de sons” e no Protocolo de Habilidades Cognitivo-Linguísticas. As FAE consistiram basicamente no pareamento entre figuras e de figuras com palavras que apresentam similaridades fonológicas no início (aliteração) ou no final (rima) e foram aplicadas em 45 escolares, de ambos os gêneros, com idade média de 7 anos e 4 meses, juntamente com o referido protocolo. Resultados: O protocolo comprovou sua eficácia confirmando que a consciência fonológica, a memória de trabalho verbal e a nomeação rápida consistem nos principais fatores de risco para a dislexia e com as quais as FAE apresentaram suas mais fortes correlações, além da discriminação fonêmica. As tarefas FAE também foram fortemente correlacionadas com a leitura e a escrita. Conclusão: Escolares de risco para dislexia podem ser identificados por meio de ferramentas pedagógicas desenvolvidas, testadas e adaptadas para a realidade educacional brasileira, sendo este um promissor campo de pesquisa com potencial para ajudar a evitar o atual excessivo número de escolares equivocadamente considerados disléxicos e indevidamente encaminhados para os serviços públicos competentes, bem como indicar as abordagens teórico-empíricas mais adequadas para orientar nossa educação.
Artigo completo: Revista Psicopedagogia 2011; 28(85): 14-28
Técnica Projetiva Psicopedagógica Par Educativo: O vínculo relacional entre aluno e professor do ensino superior
exemplo de obstáculo (mesa) entre professor e aluno |
Resumo: Os testes projetivos são instrumentos utilizados com a finalidade de proporcionar um meio concreto para que o sujeito projete conteúdos presente em seu inconsciente, auxiliando no levantamento de hipótese. O presente estudo tem por objetivo analisar as contribuições da Técnica Psicopedagógica Par Educativo na avaliação de alunos com dificuldade de aprendizagem. O apoio teórico veio de, Visca (2008) e Pichon Rivière (2007) para melhor compreensão da teoria do vinculo na relação entre professor e aluno e de Carrer, Abreu & Cunha (2001), ao re-aplicarmos a técnica em alunos do ensino superior. Os participantes são graduandos do curso de pedagogia de uma faculdade particular do município de Salvador - BA. O procedimento aplicado na pesquisa foi o teste projetivo psicopedagógico par educativo. Os dados deste estudo apontaram para a seguinte tipologia vincular: 69% dos estudantes consideram próxima a relação entre alunos e professores e 31% manifestam distanciamento e obstáculo entre o sujeito ensinante e o aprendente. Verificamos que os acadêmicos que revelaram algum tipo de dificuldade relacional necessitam de investigação a fim de verificar se a ausência de vinculo entre aluno e professor interfere no processo de ensino-aprendizagem. Constatamos que esta técnica é útil para levantamento de hipóteses no ensino superior. Sugerimos que os acadêmicos que expressaram graficamente distanciamento entre aluno e professor ou projetaram obstáculo que impedem tal aproximação devem ser assistidos pelo NAPp - Núcleo de Apoio Psicopedagógico.
Palavras Chaves: Técnica Projetiva Psicopedagógica Par Educativo – Vínculo – Ensino Superior
Fonte: AZAMBUJA. Rosa Maria; CONCEIÇÃO. Ana Cláudia; CARVALHO. Janice; VIEIRA. Maria das Graças. Técnica Projetiva Psicopedagógica Par Educativo: o vínculo relacional entre aluno e professor do ensino superior. Grupo de Estudo e Pesquisa da Faculdade Evangélica de Salvador. 2011.
domingo, 15 de julho de 2012
O RECONHECIMENTO DA PSICOPEDAGOGIA
Neste víde podemos destacar a importãncia da Psicopedagogia e do profissional na vida dos alunos e pacientes.
Como o professor pode ajudar no tratamento do TDAH?
Pp. Adaildes Cristina S. de O. Santos
Psicopedagoga Clínica e Hospitalar.
É comum os professores perguntarem: se o TDAH é uma doença, porque o professor teria responsabilidade sobre o tratamento? Como contribuir para a melhora da criança?
Como descrito, o TDAH não é um transtorno que afeta apenas o comportamento da criança. Na medida em que afeta também a capacidade para a aprendizagem, a escola precisa assumir o importante papel de organizar os processos de ensino de forma a favorecer ao máximo a aprendizagem. Para tal, é necessário que direção, coordenações, equipe técnica e professores se unam para planejar e implementar as técnicas e estratégias de ensino que melhor atenalunos que se encontram sob sua responsabilidade.
DIAGNÓSTICO DE ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO: E AGORA?
Descrevo abaixo um relato de um caso feito por uma mãe....
Em março de 2010, quando fiz a primeira avaliação psicológica de meu filho, tudo o que sabia a respeito de superdotação era o que havia visto em programas de televisão que mostravam crianças falando sobre países, pianistas geniais muito precoces, sabiam ler e escrever com 3 anos de idade, o que realmente me impressionava. Porém meu filho não se assemelhava com este contexto, muito pelo contrário há alguns anos já estava apresentado problemas na escola e dificuldades de aprendizagem.
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