Ao
constatar que o filho é deficiente mental, nenhum pai (ou mãe) poderá reagir
indiferentemente. Sem dúvida, a presença de uma criança deficiente em uma
família cria uma situação, ou seja, um problema novo, nunca antes enfrentado por
muitas famílias. Desta forma, a criança deficiente mental pode representar uma
ameaça à interação pai-mãe, e a continuidade da família. Esta ameaça deve ser
trabalhada através do desenvolvimento de um plano, no qual a família decida
quais são seus objetivos para a criança e como poderão alcança-los.
Uma
das reações iniciais dos pais ao constatarem a presença de uma deficiência
mental no filho é a de nega-la. A negação é um mecanismo de defesa, que as
pessoas empregam para evitarem o sofrimento de Ter uma filho deficiente. Sem
dúvida, a criança representa para os pais uma extensão de si mesmos; assim é
normal que a família perceba qualquer defeito da criança como um reflexo de suas
próprias inadequações.
Os pais necessitam saber como enfrentar a
realidade externa de Ter uma criança com deficiência e a realidade interna que é
a de sentir a perda de uma criança normal desejada. Desta forma, o negar é até
certo ponto aceitável, entretanto às vezes, encontramos pais que tentam de todas
as formas se convencer (e aos outros também) que o folho é normal, justificando
seus fracassos escolares, como fruto da displicência da criança. Infelizmente,
isso só irá levar a uma falta de aproveitamento adequado das capacidades
próprias da criança. Além disto, as impossibilidades do filho de corresponder às
exigências dos pais irá aumentar ainda mais as suas frustrações, e, por
conseqüência, as atitudes hostis da criança para com os pais se tornarão
evidentes. Na verdade, se os pais não aceitam a deficiência do filho, creio que
qualquer tipo de tratamento está condenado prematuramente ao fracasso. Alguns
pais chegam a buscar destemperadamente “terapêuticas mágicas”. É freqüente a
busca de terapias estranhas, anunciadas em periódicos sensacionalistas, ou
utilizadas com fins publicitários de diversas formas.
Aqui vemos a
peregrinação a centros e profissionais que aplicam “novas técnicas” e “novos”
medicamentos.
Muitos pais sentem-se culpados e agridem a sociedade
(queixam-se de forma obsessiva à atuação de competentes estabelecimentos e
pessoal gabaritado).
Ás vezes questiono-me, se devemos tratar da
sobrecarga emocional, ou, a desinformação mutilante dos pais.
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