domingo, 2 de dezembro de 2012

Sugestão Pedagógica: Síndrome Down



Dificuldade de visão - Embora os alunos com Síndrome de Down costumem ser muito bons em aprender visualmente e sejam capazes de utilizar este habilidade para aprender o currículo, muitos têm alguma dificuldade de visão: de 60 a 70% usam óculos antes dos 7 anos e é importante diagnosticar e sanar as dificuldades que eles possuem.

ESTRATÉGIAS
- Coloque o aluno mais à frente
- Escreva com letras maiores
- Faça apresentações simples e claras

Dificuldade de audição
Muitas crianças com Síndrome de Down têm alguma perda auditiva, especialmente nos primeiros anos. Até 20% apresentam perda sensorial-neural, causada por defeitos no desenvolvimento do ouvido e nervos auditivos. Outros 50% podem ter perda auditiva ocasionada por infecções respiratórias que costumam ocorrer por conta dos canais auditivos mais estreitos. É especialmente importante checar a audição da criança porque ela afetará sua fala e linguagem.
A clareza da audição também pode ser flutuante e é importante identificar que respostas inconsistentes podem ser fruto de deficiência auditiva e não falta de entendimento ou atitude indesejada.

ESTRATÉGIAS
- Coloque o aluno mais à frente
- Fale diretamente ao aluno
- Reforce o discurso com expressões faciais, sinais ou gestos
- Reforce o discurso com material de apoio visual – figuras, fotos, objetos
- Escreva novo vocabulário no quadro
- Quando outros alunos responderem, repita suas respostas alto
- Diga de outra forma ou repita palavras e frases que possam ter sido mal-entendidas

Sistema motor fino e grosso
crianças com Síndrome de Down têm flacidez muscular (hipotonia), o que pode afetar sua habilidade motora fina e grossa. Isso pode atrasar as fases do desenvolvimento motor, restringindo experiências dos primeiros anos, tornando o desenvolvimento cognitivo mais lento. Na sala de aula, o desenvolvimento da escrita é especialmente afetado.

ESTRATÉGIAS
- Oferecer exercícios extras, orientação e encorajamento – todas as habilidades motoras melhoram com a prática.
- Oferecer atividades para o fortalecimento do pulso e dedos, como por exemplo: alinhavar, seguir tracinhos com o lápis, desenhar, separar, cortar, apertar, construir, etc.
- Usar um grande leque de atividades e materiais multissensoriais.
- Procurar que as atividades sejam o mais significativas e prazerosas possível.

Dificuldade de fala e de linguagem 
Crianças com Síndrome de Down típicas possuem dificuldade de fala e linguagem e devem ser atendidas regularmente por fonoaudiólogos que podem sugerir atividades individualizadas para promover o desenvolvimento de sua fala e linguagem.
O atraso na linguagem é causada por uma combinação de fatores, alguns deles físicos e alguns devido a problemas cognitivos e de percepção. Qualquer atraso em aprender a entender e usar a linguagem pode levar a um atraso cognitivo. O nível de conhecimento e entendimento e, logo, a habilidade de acessar o currículo vai inevitavelmente ser afetada. Habilidades receptivas são mais desenvolvidas do que habilidades de expressão. Isso quer dizer que as crianças com Síndrome de Down entendem mais do que são capazes de expressar. Como resultado disso, as habilidades cognitivas destes alunos são frequentemente subestimadas.
ATRASO NA AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM- Vocabulário menor, levando a um conhecimento geral menor.

domingo, 11 de novembro de 2012

O ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO FRENTE O ADOLESCENTE


Adaildes Cristina S. de O. Santos
Psicopedagoga Clínica
Este trabalho tem o objetivo de reunir algumas informações sobre um período tão importante do desenvolvimento humano que é a adolescência. Isso porque, é importante ao psicopedagogo, frente um adolescente com problemas na aprendizagem, entender as características comuns a este período de modo a ajudar os pais a obterem uma melhor compreensão da fase pela qual passa o filho e poderem juntos discriminar o que é fruto de problemas na aprendizagem e o que faz parte de uma etapa de desenvolvimento normal dos sujeitos, de maneira a ser realizada uma adequada intervenção.

A adolescência não é conhecida como um período temido à toa. Se observarmos os estágios do desenvolvimento humano, poderemos perceber que a adolescência é um período relativamente curto se considerarmos o grande número de transformações a que o sujeito nesta fase é submetido.
Há uma verdadeira revolução que leva a mudanças biopsicossociais.
O surgimento da puberdade, marco de todo esse processo, inicia a entrada do sujeito no mundo adulto. Esta fase é caracterizada por toda uma série de transformações, adquirindo o corpo, as características sexuais secundárias que causarão a definitiva perda do corpo infantil.
A velocidade com que essas mudanças corporais ocorrem pode não ser acompanhada pela necessária mudança em relação à representação mental do próprio corpo, daí a freqüência com que se encontra adolescentes desajeitados.
Isso se deve pelo fato de as alterações corporais que surgem serem mais rápidas que o desenvolvimento da percepção e representação mental.
Há, conseqüentemente, mudanças no comportamento emocional, social e intelectual, isso porque o pensamento que dá um salto no desenvolvimento, passará a funcionar das operações concretas para as abstratas.

12 de novembro - Dia do Psicopedagogo

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Dislexia tem cura ?

Uma equipe multidisciplinar pode ajudar no tratamento

     Ainda não se conhece a cura para a dislexia. Mas, sabe-se que o tratamento da dislexia é um processo longo e que demanda persistência. Uma equipe multidisciplinar, formada por professor, pedagogo, psicólogo, psicopedagogo e fonoaudiólogo é fundamental para que você consiga não apenas conviver, como superar essa dificuldade. São eles que verificarão a importância do atendimento com outros profissionais, como neurologista.
É de extrema importância descartar a ocorrência de deficiências visuais e auditivas, déficit de atenção e problemas emocionais que possam dificultar o aprendizado para o diagnóstico de dislexia. Uma vez considerado o distúrbio, é chegado o momento de correr atrás de uma equipe multidisciplinar capacitada para fazer o diagnóstico e o tratamento. Diagnosticar que a pessoa é portadora de dislexia e conhecer os sintomas é o melhor caminho para evitar prejuízos escolares e sociais.
Alguns famosos são incentivos de que nada está perdido e de que a dislexia não é um bicho de sete cabeças. Veja algumas personalidades:
- Walt Disney: conhecido por seus personagens de desenho animado, como o Mickey e o Pato Donald, ele foi produtor cinematográfico, cineasta, diretor, roteirista, dublador, animador, empreendedor, além de criador do parque temático Disneylândia;
- Fernanda Young: nascida em 1070, é escritora, atriz, roteirista e apresentadora de televisão brasileira;
- Tom Cuise: O tão cobiçado ator americano foi listado como a celebridade mais popular em 2006. Ele, que também é produtor de cinema, já foi indicado ao Oscar e venceu três Globos de Ouro.
Caso você precise de uma equipe interdisciplinar, entre em contato com o Centro Psicopedagógico Apoio. Nós atuamos com excelência na prevenção das dificuldades de aprendizagem, a partir de um enfoque transdiciplinar. Realizamos atendimento psicológico, psicopedagógico, psicanalítico e fonoaudiológico.

A Ritalina faz mal a saúde ?

  Um mal não necessário

   
Muitos profissionais sustentam que a ritalina é controversa, pois ela não corrige os desequilíbrios bioquímicos do corpo, ao contrário, os estimula. Por esse motivo alguns profissionais acreditam que a ritalina faz mal a saúde e condenam o uso.  Nosso cérebro é complexo, não trabalha como uma máquina, que ao trocarmos a pilha ou carregarmos a bateria, fica mais potente.  Um dos efeitos paradoxais do remédio é que, embora seja um estimulante, em determinadas doses, acaba por acalmar seus usuários.
A ritalina não “cura” o TDA/H, ela pode mascarar o comportamento da criança, trazendo uma sensação de dever cumprido. Exstem muitos motivos para a criança ser desatenta e incontrolável. A criança deve crescer num ambiente saudável e equilibrado, caso contrário, ela pode ficar desatenta, agressiva, desobediente, nervosa… Devemos abusar das estratégias que contribuam, naturalmente, com o aumento da concentração.  Para isso, existem profissionais que trabalham para o desenvolvimento da pessoa, autoestima, atividades para melhorar a concentração, enfim, que buscam o crescimento do paciente.

Como é o atendimento psicopedagógico clínico ?

São utilizados recursos para a construção do conhecimento

   
 O tratamento deve estar voltado para a construção do conhecimento, e não para o produto final. São utilizados diversos recursos pelo psicopedagogo: dramatizações, jogos, leituras, diálogos, desenhos, projetos e outras maneiras que serão descobertas no decorrer dos atendimentos.  O psicopedagogo tem informação para orientar pais e professores, ser o mediador de todo o processo e, assim, ir além da junção do conhecimento do psicólogo e pedagogo.
É com o apoio e intervenção adequada de um psicopedagogo que a pessoa pode ter sucesso na vida escolar e social, e progredir em carreiras bem-sucedidas, em cargos de destaques, ao longo da vida.  A partir do estudo da origem da dificuldade em aprender, o psicopedagogo desenvolve atividades que estimulam as funções cognitivas que não estão ativadas no paciente e a questão afetiva e social. O psicopedagogo contribui para a construção da autonomia e independência, através da relação com “como eu aprendo” e “como me relaciono com o saber”. 


Durante as sessões com o psicopedagogo, os recursos como jogos, livros e computador, tem a finalidade de descobrir os estilos de aprendizagem do paciente: ritmos, hábitos adquiridos, motivações, ansiedades, defesas e conflitos em relação ao aprender.                      
 O psicopedagogo tem a função de auxiliar o indivíduo que não aprende a se encontrar nesse processo, além de ajudá-lo a desenvolver habilidades para isso.
Caso você precise de uma equipe interdisciplinar, entre em contato com o Centro Psicopedagógico Apoio. Nós atuamos com excelência na prevenção das dificuldades de aprendizagem, a partir de um enfoque transdiciplinar. Realizamos atendimento psicológico, psicopedagógico, psicanalítico e fonoaudiológico.
Fones: (75) 8812-7564  (75) 3631-5155  (75) 9976-8517

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

SEMEAR PSICOPEDAGOGIA: UMA TAREFA PRAZEROSA.


Este pequeno artigo, oriundo de algumas recentes reflexões pessoais de seu autor sobre o papel do educador-formador em Psicopedagogia, busca discutir alguns pressupostos considerados como essenciais na tarefa em questão, destacando algumas estratégias utilizadas como fonte de informação e apropriação de saberes e conhecimentos sobre a própria Psicopedagogia e suas interações com o espaçotempo do ensinar/aprender como relação humana.  

A Psicopedagogia como elemento deflagrador de reflexões sobre o ato educativo: um começo de conversa.
“Toda semente traz em si a
promessa de muitas florestas.
 Mas a semente não pode ser guardada.
 Ela precisa doar sua intrínseca
 capacidade de gerar ao solo fértil".
Deepak Chopra

Desde quando iniciei meus estudos em Psicopedagogia, percebi o quanto seria necessário dedicação e esforço para ampliar minhas visões sobre sua importância e necessidade. Em mim, a psicopedagogia sempre foi, e ainda continua sendo, um elemento deflagrador de processos reflexivos sobre o ato educativo em si, seus personagens, seus enredos, suas histórias, seus agentes, seus espaços e seus tempos, enfim, sua cotidianidade. Questões essenciais vinculam-se ao próprio papel da escola em nossa contemporaneidade e, ainda, sobre os conteúdos explícitos e implícitos neste espaço de formação humana.
Hoje, mais do que nunca, é primordial que este espaço revisite a si mesmo, transformando–se e superando a racionalidade própria da escrita, indo para a racionalidade da oralidade, percebendo-se como uma importante instituição presente na complexidade do mundo atual.
O maior desafio que se faz presente é o de incorporar novas formas pensamento, construção do conhecimento e de organização que continuadamente emergem das novas tecnologias da comunicação e informação presentes em nosso mundo globalizado.
Neste sentido, enquanto espaçotempo social, a escola não está conseguindo sintonizar sua prática com sujeitos aprendentes que vivem, de certo modo, imersos em suas experiências com estas novas formas de pensar, de construir conhecimentos, de organizar saberes. Uma nova ecologia se cria na interface dinâmica entre linguagens, tecnologias e racionalidades. Conectados, os sujeitos que de certo modo estão incluídos neste processo, vivenciam processos de estruturação de novas territorialidades, possibilitadores, acredito eu, de criações de modos diferenciados de conexão entre o que está presente no espaço do mundo e no espaço da escola, único modo de fazer com que a escola efetivamente se transforme num espaço realmente aprendente e significativo.