Pp. Adaildes Cristina S. de O. Santos
O Transtorno do Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neuropsiquiátrico, que envolve
tanto alterações neuroquímicas quanto alterações de comportamento que são
manifestados a partir da dificuldades da atenção, inquietação e comportamento
impulsivos. Pode ser conhecido como Déficit de Atenção e Hiperatividade (pelo
DSM-IV) ou como Transtornos Hipercinéticos (pela CID-10).
A causa do TDAH é neuroquímica, e,
portanto, se relaciona com o mau funcionamento de alguns circuitos cerebrais.
Apesar do TDAH não ser causado por problemas emocionais ou ambientais ele pode
se agravar em condições estressantes. Da mesma forma, o ambiente pode atenuar os
sintomas, sendo que ambientes mais favoráveis (estruturados, com rotinas, que
estimulam o enfrentamento das situações) podem facilitar a vida dos portadores
de TDAH por estimularem a aprendizagem de hábitos compensatórios ao longo da
vida.
A desatenção e a hiperatividade/impulsividade são os
sintomas principais deste quadro clínico, que pode ser classificado em subtipos
em que: 1) os sintomas de desatenção são predominantes (TDAH tipo desatento); 2)
a hiperatividade e a impulsividade são
predominantes (TDAH tipo hiperativo); ou ainda 3) tanto os sintomas de
desatenção quanto os sintomas de hiperatividade/impulsividade ocorrem em
freqüência semelhante (TDAH tipo combinado). Neste sentido, o conjunto de
sintomas varia de pessoa para pessoa, com predominâncias que irão caracterizar o
subtipo do TDAH (veja mais informações sobre os critérios diagnósticos no
DSM-IV.
O TDAH acomete tanto crianças quanto adultos. Estima-se que
o TDAH acomete de 3 a 5 % de crianças. Antigamente acreditava-se que com o
passar do tempo os sintomas do TDAH melhoravam, caracterizando uma melhora
espontânea e que portanto, desaparecia na idade adulta. Atualmente sabe-se que o
TDAH continua acometendo cerca de 60% dos adultos que apresentavam sintomas
quando crianças, principalmente aqueles do subtipo desatento ou combinado, já
que a hiperatividade e a impulsividade tendem a melhorar com o
desenvolvimento.
Os prejuízos de quem tem TDAH são diversos incluindo
problemas de comportamento, erros freqüentes no trabalho ou escola (ocasionando
demissões ou repetições de ano escolar), desorganização, pouca produtividade,
problemas de relacionamento interpessoais ou conjugais, problemas com gastos
excessivos, perda de prazos entre muitos outros.
O tratamento do TDAH varia de acordo com as necessidades de
cada paciente, mas geralmente inclui treino comportamental (coaching
comportamental) e treino cognitivo, além do uso de medicamentos estimulantes. Quando o portador é criança, pode ser
necessário intervenção escolar e/ou com os pais.
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