segunda-feira, 14 de novembro de 2011

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E PRÁTICAS, NO ENSINO FUNDAMENTAL I COM “DISLEXIA”


1. Introdução
A maior parte das crianças deseja aprender a ler e, de fato, o fazem rapidamente. Para as crianças disléxicas, com tudo a experiência é muito diferente a leitura que parece ser algo que as outras criança atingem sem esforço nenhum, é algo além de seu alcance.
Frustam-se e desapontam-se, os professores se perguntam o que eles ou a criança pode estar fazendo de errado e, frequentemente diagnostica erradamente o problema ou recebem maus conselhos. Os pais questionam-se , sentindo-se ou culpados, ou irritados.
 
Foi para esses pais, professores e crianças que esta pesquisa originou-se no intuito de compreender, estudar, analisar e encontrar estratégias para lidar com alunos disléxicos.
A dislexia atinge um aspecto muito amplo de expressões comportamentais; algumas crianças superam a dificuldade sem sequelas, enquanto outras não atingem a literocidade. A leitura é um processo por meio do qual se extrai e se capta informações de textos. Não se trata de mera ou simples decodificação de símbolos escritos em sons, nem tampouco de uma recepção passiva de uma imagem colhida em qualquer lugar no cérebro a partir da palavra escrita com a qual pode ser associada.
Para ler e para que se processe a informação, portanto, o leitor tem necessariamente que exibir um conjunto dinâmico, sistemático, coeso e autorregulador de competências cognitivas, como a atenção, percepção, memória, processamento simultâneo e sequencializado, simbolização, compreensão, inferência e produção de estratégias. 

Como então desenvolver estes sistemas funcionais na aprendizagem de leitura em alunos disléxicos? Eis a questão.
A discussão teórica abordada a seguir será feita através de entendimento a dislexia desmistificada segundo Sally Shaywtz sobre a qual está apoiado todo o nosso trabalho, seja no sentido prático como teórico.
Portanto para melhor entendimento e discussão desse problema de aprendizagem, será essencial fazermos algumas reflexões a cerca do entendimento da dislexia.
Para isso, ser necessário fazermos explanação  a respeito da compreensão e identificação e descobertas cientificas recentes sobre as dificuldades de leitura explicando como pode ajudar uma criança a tornar um bom leitor.
Espera-se assim, ser possível entender que o conhecimento se dar a partir da ação do individuo sobre a realidade e que este mesmo conhecimento também se constitui que partir de relação intra interpessoais.


2. A DISLEXIA AO LONGO DO TEMPO

A dislexia não é apenas comum, é persistente durante muito anos, os pesquisadores e educadores questionaram o fato de se a dislexia representavam um atraso no desenvolvimento que as crianças de alguma forma suplantam ou se representavam um déficit mais persistente na leitura. A questão é importante, pois se a dislexia fosse simplesmente um atraso no desenvolvimento da leitura – um obstáculo temporário – depois será superada, e os pais e os professores não precisam se preocupar com as primeiras dificuldades referentes a leitura. Por outro lado, se a dislexia não puder ser superada, a um real urgência de que tanto se faça a identificação precoce das crianças quanto se garanta que recebam auxílio tão logo seja identificada, pois os principais sinais da dislexia poderá ser evidenciados durante o desenvolvimento da criança.
 
A discussão teórica abordada a seguir será feita através do entendimento a “dislexia” desmistificada segundo Sally Shaywtz sob a qual está apoiado todo o nosso trabalho, seja no sentido prático com teórico.
Portanto para melhor entendimento e discussão desse problema de aprendizagem, será essencial fazermos algumas reflexões a cerca do entendimento da dislexia.
Para isso, ser necessário fazermos explanação a respeito da compreensão e identificação e descoberta cientifica recente sobre as dificuldades de leitura explicando como pode ajudar uma criança a tornar um bom leitor.
Espera-se assim, ser possível entender que conhecimento se da a partir da ação do individuo sobre a realidade e que este mesmo conhecimento também se constitui a partir de relação intra interpessoais.
A dislexia não é apenas comum, é persistente. Durante muitos anos, os pesquisadores e educadores questionaram o fato de se a dislexia representava um atraso no desenvolvimento que as crianças de alguma forma suplantam ou se representava um déficit mais persistente na leitura. A questão é importante, pois se a dislexia for simplesmente um atraso no desenvolvimento da leitura – um obstáculo temporário -, depois será superada, e os pais e professores não precisam se preocupar com as primeiras dificuldades referentes à leitura. Por outro lado, se a dislexia não puder ser superada, há uma real urgência de que tanto se faça a identificação precoce das crianças quanto se garanta que recebam auxilio tão logo sejam identificadas.
A dislexia representa um distúrbio do desenvolvimento da linguagem, definida como uma alteração, transitória ou permanente da compreensão da leitura, soletração, escrita, comunicação expressiva e receptiva, em criança com adequada acuidade auditiva e visual interessada na sua aquisição. Os outros aspectos neurológicos como sensibilidade, movimento, coordenação, concentração, interesse inteligência, costuma está normais. Na maioria das vezes, só é possível perceber a Dislexia quando a criança inicial a alfabetização. 

Ate então, os pais, familiares e professores nada percebem; quanto muito, pode ser observados pequenos desvios no desenvolvimento neuropsicomotor. Existe nítido predomínio em meninos, numa proporção de (4:1).
È preciso ter cuidado em distinguir as etapas normais de aquisição da leitura/ escrita, com o diagnostico de Dislexia. Em muitos países, os estudos estatístico mostra o índice de até 15% na incidência de Dislexia, o que, sem duvida, representa uma super valorização na suposição diagnostica.
A Associação Brasileira de Dislexia tem registrado no seu site da internet (HTTP://www.dislexia.org.br), que a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aulas, ocorrendo cerca de 10 a 15% da população mundial. 

Está referido, ainda, que a Dislexia não é o resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócio-econômica ruim ou baixa inteligência. É um evento hereditário, com alterações genéticas e do padrão neurológico. Por esses múltiplos fatores deve ser diagnosticada por uma equipe multidisciplinar.
Como em qualquer doença, existem vários grau de intensidade do transtorno disléxicos, indo desde quadros leves e quase imperceptíveis, até distúrbios tão intensos que impede a alfabetização. O nível de dificuldade varia muito e, também, os sintomas presentes, que não são todos é evidente em uma criança só. Em algumas predominam dificuldade de soletração, em outra na compreensão dos textos ou na escrita, com inversões de números e letras.

Como reconhecer
A criança com Dislexia é diferente de outras crianças da mesma idade em diversos aspectos; estas diferenças não são observadas em todas elas, mais ocorre em diversas combinações.
A Associação Brasileira de Dislexia coloca as características das pessoas com Dislexia, subdividida em três fases de desenvolvimento:
Pré-Escola    
     
Fica alerta se a criança apresentar alguns desses sintomas. O fato de apresentá-los não indica necessariamente que seja disléxica, mais pede uma atenção maior.
·               Imaturidade no trato com outras crianças. 
·               Fraco desenvolvimento da atenção.
·               Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem.
·               Atraso no desenvolvimento visual.
·               Dificuldade em aprender rimas e canções.
·               Fraco desenvolvimento da coordenação motora.
·               Dificuldade com quebra-cabeça.
·               Falta de interesse por livros e impressos.

Idade Escolar  
Nessa fase, se a criança continua a apresentar alguns ou vários dos sintomas a seguir, é necessário um diagnostico e acompanhamento adequado:
·               Dificuldade na aquisição e automação da leitura e escrita.
·               Pobre conhecimento de rima (sons iguais no final das palavras) e aliteração ( sons iguais no inicio das palavras).
·               Desatenção e dispersão.
·               Dificuldade em copiar de livros ou da lousa.
·               Dificuldade na coordenação motora fina (desenhos, pintura) e/ou grosso (ginástica e dança).
·               Desorganização geral, podemos citar os constantes atrasos na entrega escolares.
·               Dificuldades visuais, como por exemplo, podemos, perceber com certo impacto, a desordem dos trabalhos no papel e a própria postura da cabeça ao escrever.
·               Confusão entre direita e esquerda.
·               Dificuldade em manusear mapas, dicionários e listas telefônicas.
·               Vocabulário pobre com sentenças curtas e imaturas ou sentenças longas vagas.
·               Dificuldade na memória de curto prazo, como instruções, recados.
·               Dificuldades em decorar sequência como meses do ano, alfabeto.
·               Dificuldade na matemática e desenho geométrico.
·               Problema de conduta como: retração, timidez excessiva, depressão e menos comum, e mais também possível, tornar-se o “palhaço” da turma.
·               Grande desempenho nas provas orais.

Adulto 
Se não teve um acompanhamento adequado na fase escolar, o adulto disléxico ainda apresentará dificuldade:
·           Continuada dificuldade na leitura e escrita.
·           Dificuldade para soletrar.
·           Memória imediata prejudicada.
·           Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomia).
·           Dificuldade com direita e esquerda.
·           Dificuldade em aprender uma segunda língua.
·           Dificuldade em organização geral.
·           Comprometimento emocional.]
Não existe uma unanimidade quanto a melhor forma de reconhecer a criança e o adulto disléxico. É possível obter outras formas de identificação da pessoa disléxica.

3.Classificação da Dislexia

A classificação da Dislexia ainda é controversa, existindo diferente formas de classificá-las. Entretanto a forma mais completa e mais utilizada é a sugerida por Elena Border e Miklebust:

Dislexia Disfonética – presença de dificuldade auditiva, de analise e síntese; dificuldade de discriminação temporal ( em perceber sucessão e duração). Os sintomas mais comuns são: troca de fonemas e grafemas; diferentes dificuldade com logatomas; alterações grosseiras nas ordem das letras e silabas; omissões e acréscimos na escritas; maior dificuldade com a escrita do que com a leitura, substituições de palavras por sinônimos ou trocas de palavras por outras visualmente semelhantes (reconhece-se as globalmente).
Dislexia Diseidética - a criança apresenta dificuldade visuais, na percepção  guestáltica, na análise e síntese e espaciais (percepção das direções, localizações, relações e distancias). Os sintomas mais comuns  são: leitura silabada, sem conseguir a síntese, com presença de aglutinação, fragmentação; troca por equivalentes fonéticos; e maior dificuldade para leitura do que para escrita.
Dislexia Visual  - neste caso se observa deficiência na percepção visual. Sintomas: dificuldade na percepção visuomotora e dificuldade na habilidade visual (não visualiza cognitivamente o fonema).
Dislexia Auditiva -  nota-se importante deficiência na percepção auditiva os principais sintomas: deficiente em memória auditiva; deficiente descriminação auditiva ( não audibiliza cognitivamente o fonema).
Dislexia Mista(Alexia) -  neste grupo estão situados os casos mais graves e de difícil acompanhamento. Todos os aspectos da linguagem, tanto perceptivo como expressivo, estão alterados. Existe deficiência na percepção e memória auditiva, as dificuldade visuomotoras e visuoespaciais são evidentes; a visão guestálticas está muito alterada e existe troca de grafames e fonemas.
Segundo as escolas mais modernas e os teóricos mais atualizados em lingüísticas, o fenômeno da linguagem escrita não é a transcrição da linguagem oral. Ela tem sua própria sequências e deve ser adquirida  como uma nova linguagem. Antes de tudo, com aspectos semânticos enfatizados e não como simples decodificação e codificação, requerem síntese e análise visual e auditiva, assim como discriminação têmporo-espacial.
Existem autores que acredita na existência de um tipo de especial de Dislexia denominada:
Dislexia Congênita ou Inata – a criança já nasce com o transtorno e a origem pode ser devida a múltiplos fatores pré-natais. Constituem os casos mais graves, com acentuada habilidade para aquisição de leitura e escrita. Essas crianças raramente consegue adquirir a alfabetização. A dificuldade apresentada são incuráveis, pois mesmo que o individuo adquira alguma capacidade escolar, não consegue ler, escrever por muito tempo e, após ler, escrever, não se recorda do conteúdo. Em exames de neuroimagem como Ressonância Magnética Encefálica, foi observado alteração orgânica, anatômica, caracterizada por hemisférios celebrais idênticos no tamanho, o que é considerado anormal, pois em crianças normais os hemisférios esquerdo é maior que o direito.   

  
4.Buscando pista na genética

Segundo Shaywitz (p. 86 -87 2006) Alem dos indícios proporcionados pelas dificuldades da linguagem verbal, sua própria historia familiar pode oferecer indícios úteis em relação a vulnerabilidade a um problema de leitura. A dislexia é comum em muitas famílias, ter um parente ou irmão disléxico aumenta a probabilidade de que você seja. Um número entre um quarto e metade das crianças cuja mãe ou pai é disléxico também são disléxicas. Se uma criança da família disléxica, quase a metade de seus irmãos provavelmente também o serão. Não é de surpreender que, nos caos em que uma criança identificada como disléxica e seus pais são depois avaliados, descubra-se que entre um terço e a metade dos pais também o são. O escritor John Irving e o financista Charles Schwab descobriram que eram disléxicos depois dos diagnósticos dos seus filhos.
Uma criança que tem um irmão ou parente disléxico deve ser monitorada muito de perto para que se detectem indícios precoces de dificuldades na linguagem oral. Esse é um dos casos em que os pais devem realmente estar atentos com a linguagem verbalizada pelos filhos. Saber que uma criança tem um histórico familiar de problemas  com a leitura é algo que propicia uma oportunidade incomum, por a identificação de irmãos que tenham o problema. Como argumentarei a seguir, aguarde.
Mitos e compreensões equivocadas sobre a dislexia
Ao estar alerta para os indicativos da dislexia, é também importante estar ciente de alguns dos mitos e equívocos que cercam o distúrbio. Às vezes, o diagnostico de uma criança está errado ou atrasado porque ele não demonstra um ou mais dos “sintomas” presumidos.
Um dos mais duradouros equívocos é o de que a criança disléxica vê as letras e as palavras de trás pra frente e que escreve de maneira invertida é um sinal disso. Embora seja verdade que as crianças disléxicas têm dificuldades em rotular ou dar os nomes adequados ás letras e ás palavras, não há prova de que elas de fato vejam as palavras de trás pra frente. Em um estudo, pediu-se a crianças de series iniciais que tinham problemas de leitura e também a tendência de escrever de trás para frente que copiassem uma serie de palavras e letras. 

Elas não tiveram dificuldades em fazê-lo. O que acharam problemáticos foi ter de nomear as palavras com precisão. As crianças, por exemplo, conseguiam copiar a palavra was e dizes quais as letras que a compunham na ordem correta. Depois diziam que a palavra era saw. Esse estudo confirmou que as crianças disléxicas têm problemas em nomear, mas não em copiar as letras. 

Outro equivoco parecido é escrever como se estivessem diante de um espelho, o que acompanha a dislexia. Na verdade, escrever de trás pra frente e inverter letras e palavras são procedimentos comuns nos primeiros estágios de desenvolvimento da escrita entre crianças disléxicas e não - disléxicas.

5.Buscando ajuda

A identificação de um problema é, naturalmente, o principal elemento para se buscar ajuda. Quanto mais cedo se fizer um diagnóstico, mais rápido seu filho poderá buscar ajuda e mais provavelmente você conseguira evitar os problemas decorrentes, que atingem a auto-estima. Se seu filho em idade escolar tiver dificuldades com a linguagem, particularmente com rimas e ao pronunciar palavras e, especialmente, se houver um histórico familiar de problemas de leitura, não deverá guardar suas preocupações para si. Deve buscar ajuda. 
As crianças com histórico de dislexia nos membros mais próximos da família corem risco substancial de serem disléxicas. A combinação de um histórico familiar de dislexia e dos sintomas de dificuldades na linguagem verbal pode ajudar a identificar se uma criança é vulnerável mesmo antes de ela ingressar na escola.
Os pais e professores devem monitorar de perto o progresso de uma criança na aprendizagem de leitura, começando a fazer isso Jana pré-escola. A pré-escola é de certa forma, um divisor de águas para a identificação das crianças vulneráveis a dislexia. 

Pela primeira vez, a criança está em um ambiente publico onde se depara com um currículo formal elaborado para ensinar aquelas habilidades necessárias à leitura, estando cercada por colegas que passam pela mesma experiência. A criança é agora um aluno, e há expectativas sobre o que deve aprender. Mesmo reconhecendo que as crianças vêm de situações diferentes e que podem ser diferentes em seu ritmo de aprendizagem, os indícios que listei são sinais muito importantes para a detecção de que a leitura não está progredindo, não podendo ser ignorados. O custo será muito grande para seu filho e para você. Ainda estou por encontrar uma família que tenha a impressão de ter agido a tempo.

6.Protegendo e nutrindo a alma de seu filho

Segundo Shaywitz (p. 230 -231 2006): Além de oferecer o amor e o calor inerentes ao fato de ser pai, os pais (e também os professores) cujos filhos tenham problemas de leitura devem ter como objetivo principal a preservação da auto-estima da criança. Esse é o setor de maior vulnerabilidade para as crianças disléxicas. Os professores e os pais têm em geral grandes expectativas em relação a uma criança que abrigue uma deficiência latente, ficando despontados, ou ate zangados, quando ela não obtém um bom resultado na escola. 

Se a criança for acusada de não estar se esforçando, de não estar motivada ou de não ser tão inteligente quanto pensavam, logo poderá passar a duvidar de si mesma. O esforço enorme e a extraordinária perseverança que deve despender somente para se manter no mesmo nível dos colegas pareceram não ter valido a pena. É por isso que é fundamental que os pais, professores, e principalmente, a criança entendam a natureza do problema de leitura, para que a própria criança desenvolva uma opinião positiva sobre si mesma.
É essencial que se tenha um compromisso firme para com o valor intrínseco de uma criança com dislexia. Toda criança com dificuldade de leitura passara invariavelmente por altos e baixos na escola. Assim, bem cedo, precisa saber que, independentemente do que aconteça, poderá contar com seus pais como fonte de apoio incondicional. 

Todos os disléxicos de sucesso tiveram em comum um amor e apoio incansável de seus pais ou, ocasionalmente, de um (a) companheiro (a) ou de um (a) professor (a). Os pais que apóiam seus filhos estão sempre prontos para ajudar a criança onde e quando ela precisa- ao buscar um diagnostico preciso e depois uma intervenção eficaz, ao certificar-se de que a escola está sendo uma experiência positiva, ao colocar o filho em contato com o mundo de forma que suas dificuldades não o impeçam de aprender com ele, ao ler com o filho e, talvez, para o filho. Esses pais sempre lembram seus filhos de seu valor como pessoa.  


7.CONCLUSÃO

O diagnóstico da dislexia apresenta um conjunto muito particular de circunstancias. Embora tenha uma base biológica, a dislexia se expressa no contexto da sala de aula, o que faz com que sua identificação dependa de procedimentos escolares. Pelo fato de a maioria das pesquisas relacionadas as crianças com dificuldade de leitura ter como base as crianças que já foram identificadas pelas escolas, perguntamo-nos se os processos de identificação escolares poderiam ser tendenciosos e ressaltar na identificação de certos grupos de crianças.

De acordo aos estudos realizados e citados nesta pesquisa, a identificação de um problema como a dislexia é o principal passo para se buscar soluções. Quanto mais cedo se fizer um diagnóstico, mais rápido será a superação do processo de aprendizagem.
 Os pais e professores essenciais  no monitoramento, para o progresso de uma criança disléxica na aprendizagem de leitura e escrita.

Um fator também de grande importância para a criança disléxica é receber o amor e o calor inerentes das pessoas com quais convivem, além da preservação da auto-estima da criança.
Conhecer as características da dislexia ajuda no desenvolvimento de estratégias de aprendizagem e na desmistificação de conceitos, favorecendo a busca de ajuda, protegendo e nutrindo a criança disléxica.

É essencial que se tenha um compromisso firme para com o valor intrínseco de uma criança com dislexia.
Toda criança com dificuldade de leitura passará por altos e baixos na escola.
Conhecer e compreender a dislexia é tornar o disléxico com o entendedor do que acontece com ele, assim a dislexia muda de figura e deixa de ser algo inexplicável.
Dessa forma espera-se que o estudo realizado sobre a dificuldade de aprendizagem no ensino fundamental I com alunos disléxicos, possa vir contribuir para a inclusão dessas crianças no ambiente escolar e na sociedade, pois são cidadãos que merecem todo o carinho, importância e apoio na superação dessa dificuldade na aprendizagem. 
Pois nunca é tarde demais hoje, toda criança disléxica está livre para desenvolver seu talento e para buscar seus sonhos sabendo que vai ter sucesso a dislexia pode sim ser superada.

8. REFERÊNCIAS:

Shaywitz,S. Entendendo a dislexia: um novo e completo programa para todos os níveis de problemas de leitura / Sally Shaywitz ; tradução Vinicius Figueira. – Porto Alegre : Artmed, 2006 288 p.; 25cm.
Psicopedagogia: Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia / Associação Brasileira de Psicopedagogia. – Vol. 10, nº 81 (2009). São Paulo: ABPp, 1991 –.
LÚRIA, Alexander Romanovich. O desenvolvimento da escrita na criança. In: VYGOTSKY, Lev Semionovitch; LÚRIA, Alexander Romanovich; LEONTIEV, Alexei Nikoalaevich. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 2. ed. São Paulo: Ícone, 1988. p. 143-189.
BRYANT, P.; BRADLEY, L. (1987). Problemas de leitura na criança. Porto Alegre: Artes Médicas.
ELLIS, A.W. (1995). Leitura, escrita e dislexia: uma análise cognitiva. Porto Alegre: Artes Médicas.
GARCÍA, J.N. (1998). Manual de dificuldades de aprendizagem: linguagem, leitura, escrita e matemática. Porto Alegre: Artes Médicas.
NUNES, T.; BUARQUE, L.; BRYANT, P. (2001). Dificuldades na aprendizagem da leitura: teoria e prática. São Paulo: Cortez.
ABD – Associação Brasileira de Dislexia. Dislexia – cérebro, cognição e aprendizagem. São Paulo: Frôntis; 2000.

Contatos: apsicopedagogiabaiana@gmail.com

Um comentário:

  1. A dislexia é um assunto recorrente na sala de aula, e nós, os educadores nos perguntamos: como conviver com ela em nossas classes?
    Que bom, Cristina, agora temos este espaço para sociabilização destas informações,

    Um beijo!

    Carla

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